CIÊNCIA & TECNOLOGIA

Alunos do ES são destaques da Semana de Ciência e Tecnologia

Dos 60 projetos selecionados para a exposição, 50 são de escolas da rede estadual de ensino.

Em 14/11/2014 Referência JCC

Ideias que envolvem tecnologia, sustentabilidade e muita criatividade são os pilares que sustentam a participação da Secretaria de Estado da Educação (Sedu) na 11ª Semana de Ciência e Tecnologia: “Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social”, que será realizada até sábado (15), na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em Vitória
 
Dos 60 projetos selecionados para a exposição, 50 são de escolas da rede estadual de ensino. Os trabalhos estão expostos na 3ª Feira Estadual de Ciência e Engenharia, atividade que integra a Semana de Ciência e Tecnologia. Os visitantes podem visualizar projetos compostos por robôs, maquetes, protótipos e outros.
 
A “Composteira Orgânica”, máquina de processar adubo a bases de cascas de ovos, frutas, legumes e verduras, sem a produção do chorume, resultante de reações e processos físicos, químicos e biológicos, é a ideia de Beatriz Scabelo Tessaro, Gustavo Falquetto de Oliveira, Matheus de Abreu Bozzi e Warley Ramos da Silva, estudantes do 3º ano do ensino médio da Escola Estadual Fioravante Caliman, de Venda Nova do Imigrante.  
 
“A máquina aperfeiçoa e reduz o tempo de compostagem dos resíduos orgânicos para 12 dias, sendo normalmente feito em 30 dias. E o melhor de tudo, sem a produção do chorume, produzido a partir da falta de oxigenação das bactérias anaeróbicas. O chorume é um poluente viscoso, de cor escura e que possui cheiro fortemente desagradável, capaz de degradar o meio ambiente, prejudicar plantações e, consequentemente, a saúde humana”, destacou o aluno Gustavo Falquetto de Oliveira.  
 
A “Composteira Orgânica”, que pesa mais de 100 quilos, é composta por sistemas de monitoramento de temperatura e umidade, irrigação e de armazenamento de energia, que é produzida pela própria máquina. Eixos helicoidais movidos por dois motores elétricos são usados para fazer a mistura dos resíduos em decomposição, propiciando, assim, a atividade bacteriana e fungicida.  A máquina pode ser acionada por meio da Internet, bluetooth, automaticamente ou de forma operacional. 
 
“Iniciamos o projeto em fevereiro e pensamos em desenvolver os sistemas de acordo com a realidade de cada usuário, que pode optar em fazer ou não o uso das tecnologias implantadas. Esse outro grande diferencial, sem dúvidas, dará mais conforto ao usuário. Estamos investindo forte para aperfeiçoar ainda mais o projeto para que empresas que trabalham no ramo comprem a nossa ideia”, salientou o estudante Warley Ramos da Silva. 
 
“O Aplicativo Sustentável Eco Ávila”, projeto digital desenvolvido por Júlia Borges Santos, Ana Karolina Schayder Rocha, Aryana Neves Carneiro e Monique Noronha Lopes, alunas da 7ª série do ensino fundamental da Escola Estadual Francisco Coelho Ávila Junior, de Cachoeiro de Itapemirim, é outra atração que está exposta na feira. 
 
O aplicativo, desenvolvido entre os meses de julho e agosto, por meio do site www.fabricadeaplicativos.com.br, é formado por 10 abas, sendo seis com conteúdos de vídeos, fotos, gráficos, dicas, curiosidades e notícias relacionadas ao meio ambiente, e outras quatro com informações relacionadas a assuntos da unidade de ensino, como eventos, projetos desenvolvidos, dentre outras ações educacionais. A consulta pode ser feita por meio de aparelhos celulares e tablets. 
 
“A ferramenta tem como finalidade ajudar professores e alunos a entenderem o meio ambiente de uma maneira mais interessante e prazerosa. O celular e o tablet funcionam com uma central multimídia computadorizada”, destacou a aluna Júlia Borges Santos. 
 
Produtos e decorações artesanais feitos com o uso da fibra da bananeira resultaram no projeto sustentável “Inclusanato: arte como forma de inclusão”, ideia direcionada para inclusão social de idosos, desenvolvida por Lórie Lopes Freitas, Anan Kelly Mota Barbosa, Igor Barros Ziviani e Tassiana Santos Ribeiro, estudantes do 3º ano do ensino médio da Escola Estadual CEIR Boa Esperança, situada no município de mesmo nome. 
 
Baús, porta-retratos, jogo americano para mesa, porta lenço, luminárias, revestimento de garrafas e bocais de lâmpada, pulseira, marca páginas, dentre outros objetos de utilidade caseira e uso pessoal fazem parte do projeto.  Os produtos foram feitos pelos próprios estudantes e 21 idosos durante uma oficina aplicada no Centro de Vivencia da Melhor Idade, também localizado em Boa Esperança. 
 
“Acreditamos no potencial dos idosos e que podem sim ter uma vida com mais qualidade, inclusão social e geração de renda alternativa. O idoso mudou a mentalidade consigo mesmo e percebeu que pode participar da construção de uma sociedade melhor dando a sua contribuição, fazendo com que a sociedade o valorize de forma ativa”, salientou a estudante Lórie Lopes Freitas.  
 
Além dos projetos, o evento também possibilita ao público participação em oficinas diferenciadas, palestras, apresentações culturais, simpósios, exibição de filmes, planetário móvel e impressionantes shows de Química. 
 
11ª Semana Estadual de Ciência e Tecnologia
 
A 11ª Semana Estadual da Ciência e Tecnologia, que neste ano tem como tema a “Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social”, é uma grande oportunidade para vincular a produção científica aos desafios sociais vivenciados em todas as áreas da sociedade brasileira.
 
O evento é realizado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho do Espírito Santo (Sectti), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes), a Secretaria de Estado da Educação (Sedu), a Ufes, e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
 
Os objetivos são popularizar a ciência, a tecnologia e a inovação, desenvolver talentos, divulgar produtos e serviços e promover a troca de experiências entre estudantes, professores, pesquisadores, inventores e sociedade em geral. Paralelo à Semana, também é realizada a III Feira de Ciência e Engenharia, que conta com a participação de 60 projetos selecionados de escolas públicas e privadas de ensino fundamental e médio.
Fonte:Secom ES