POLÍTICA INTERNACIONAL

Autoridades de 26 países alertam para riscos à democracia

Líderes mundiais emitiram uma declaração de alerta aos atos convocados por Jair Bolsonaro.

Em 07/09/2021 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto/Reuters

Documento diz que a manifestação convocada por Bolsonaro terá o STF e o Congresso como principais alvos, representa uma “insurreição” e reforça “os temores de um golpe de Estado na terceira maior democracia do mundo”.

Autoridades de 26 países que incluem ex-presidentes, parlamentares e acadêmicos de todo o mundo emitiram uma declaração na qual alertam que os atos convocados pelo presidente Jair Bolsonaro para o feriado de 7 de Setembro ameaçam a democracia do Brasil.

De acordo com o documento, a manifestação convocada por Bolsonaro e aliados, que terá o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso como principais alvos, representa uma “insurreição” e reforça “os temores de um golpe de Estado na terceira maior democracia do mundo”.

“Estamos profundamente preocupados com a ameaça iminente às instituições democráticas do Brasil e nos manteremos vigilantes para defendê-las”, disse a carta, assinada pelo ex-premiê espanhol José Luis Rodríguez Zapatero, o ex-presidente colombiano Ernesto Samper e o ex-presidente paraguaio Fernando Lugo, entre outros.

“O povo do Brasil lutou durante décadas para garantir a democracia contra o domínio militar. Não devemos permitir que Bolsonaro a arrebate agora”, acrescentou.

Segundo a carta, parlamentares brasileiros advertem que a mobilização é inspirada na insurreição ocorrida na capital dos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021, quando apoiadores do ex-presidente Donald Trump atacaram o Capitólio.

Bolsonaro procura mobilizar suas bases no momento em que sua popularidade cai e ele é alvo da Justiça devido a várias investigações. No sábado, ele defendeu a participação da polícia militar e de integrantes do governo federal nas manifestações.

A nota inclui assinaturas de autoridades de todos os países sul-americanos, além de EUA, Espanha, Reino Unido, França, Suécia, Alemanha, Austrália e Nova Zelândia, entre outras nações. (Por Daniela Desantis - Reuters)

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