EDUCAÇÃO

Busca ativa devolve 3.589 estudantes às escolas de Vitória

Até o mês de abril de 2021, foram identificados 3.989 alunos do fundamental e EJA) ausentes.

Em 25/02/2022 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: Divulgação Seme/PMV

Até o mês de abril de 2021, foram identificados 3.989 alunos dos ensinos Fundamental e EJA ausentes de todas as atividades escolares: plataforma AprendeVix, retirada dos roteiros de estudo impressos na escola ou aulas presenciais. Ao fim do ano letivo, 3.589 estudantes estavam de volta às unidades de ensino.

Na lista de presença, ausência. Sem acesso à plataforma AprendeVix. Atividades impressas não foram retiradas na escola. Onde está o estudante? Encontrar quem faltava, quem não estava frequentando a escola, quem não desenvolveu as tarefas nos momentos de ensino remoto emergencial foi uma tarefa de todas as equipes das 102 unidades da rede municipal de Vitória.

Até o mês de abril de 2021, foram identificados 3.989 estudantes do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) ausentes de todas as atividades escolares: plataforma AprendeVix, retirada dos roteiros de estudo impressos na escola ou aulas presenciais. Ao fim do ano letivo, 3.589 estudantes estavam de volta às unidades de ensino.

Desde o contato por telefone até visitas ao endereço dos estudantes, as equipes utilizaram diversas estratégias para alcançar famílias, no caso do Ensino Fundamental, e os próprios estudantes, no caso da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

"A busca ativa é extremamente importante. É por meio desse processo que localizamos nosso estudante e identificamos as dificuldades para o seu retorno à escola. Agendamos uma conversa para possível encaminhamento do estudante ao apoio que necessita. Quando não é estabelecido o contato direto com os estudantes ou familiares por telefone, tentamos localizá-los nos Centros de Referência da Assistência Social (Cras), pronto-atendimento. Já houve casos em que a coordenação foi à casa dos estudantes", contou a pedagoga Niceia de Souza Martins.

Profissional da rede de Vitória, ela atua na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Francisco Lacerda de Aguiar, em São Pedro, na Educação de Jovens e Adultos.

Acolhimento

O cenário pandêmico afetou, sobretudo, os estudantes da EJA. A informalidade, a necessidade de buscar outras fontes de renda para a casa e a falta de acesso à tecnologia foram os principais desafios a serem superados.

"Acreditamos que uma conversa acolhedora e sensível às dificuldades dos estudantes é um momento decisivo para reestabelecer o vínculo dos estudantes com a escola. Algumas vezes, é preciso informar aos estudantes as alternativas possíveis para seu retorno às aulas, como prazos, atividades extraclasses para compensação de faltas, recuperação, projetos de retorno e outros", pontuou Niceia.

NA EJA, o objetivo da busca ativa, para além do retorno do estudante às aulas, é manter o vinco dele com a escola. Apenas na Emef Francisco Lacerda de Aguiar, foram 50 estudantes jovens e adultos que voltaram às salas de aula.

Tecnologia aliada

A busca ativa por estudantes que se afastam da escola não teve início no contexto da pandemia, ela é frequente na rede de Vitória. Mas, no contexto da pandemia, os processos ganharam um reforço com a tecnologia.

"No Ensino Fundamental, criamos os grupos de WhatsApp com as famílias dos estudantes que percebemos ausentes tanto na plataforma AprendeVix quanto que não estavam vindo buscar as atividades impressas e, posteriormente não retornaram ao presencial. Cada coordenador ficou responsável por um grupo de turmas. Usamos esses grupos, fazíamos os contatos, e tivemos muitos retornos positivos", contou Elizeu Moreira, diretor da Emef Francisco Lacerda até o fim do ano passado.

As famílias, de acordo com o ex-diretor, receberam bem o contato da unidade de ensino. A adesão e a resposta da comunidade foi tão boa que, quando as aulas retornaram presencialmente, em maio do ano passado, 95% dos estudantes matriculados estavam nas salas de aula e os outros 5% foram atendidos pelo ensino remoto emergencial, por serem estudantes com comorbidades ou por conviverem com pessoas com comorbidades severas em casa.

"Para além desse momento que estamos vivendo, que é fundamental estarmos atentos à participação dos estudantes, a busca ativa é importante no cotidiano escolar. A busca ativa tem que ser uma constante dentro das unidades de ensino. Mesmo os estudantes fora do momento de pandemia precisam ter garantidos seus direitos de acessar a escola, permanecer na escola e aprender", afirmou o ex-diretor.

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