LAZER

Campanha alerta sobre assédio contra a mulher no Carnaval

A Prefeitura de Vitória vai promover uma campanha educativa sobre o tema.

Em 01/02/2018 Referência JCC, Josué de Oliveira - Secom/PMV

A alegria e o clima de paquera do Carnaval já estão tomando conta das ruas da Capital Capixaba. Mas é nesse período que o número de denúncias de assédio e violência contra a mulher cresce. Para se ter uma ideia da gravidade do problema, uma pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular revelou que quase metade dos homens entrevistados disse que a folia não é lugar para "mulher direita".

Pensando nisso, a Prefeitura de Vitória, através da Secretaria Municipal de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho (Semcid), vai promover uma campanha educativa para chamar atenção para o fim do assédio, principalmente, no período de Carnaval.

A secretária de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho, Nara Borgo, acredita que, por conta do pensamento algumas vezes machista, a mulher que quer se divertir como qualquer outra pessoa ainda é a maior vítima de violência.

"O comportamento machista ainda acha que uma mulher não pode usar uma fantasia e pular Carnaval apenas para se divertir. Ele acredita que ela está disponível e, com isso, pode assediá-la livremente sem ser punido. E isso precisa mudar. São dicas importantes que vamos publicar nas nossas redes sociais para alertá-los de que depois do 'Não' é tudo assédio".

Dicas importantes

  • "Não" é "não"
  • Sexo sem consentimento é estupro
  • O corpo dela não é sua folia
  • Depois do "Não" tudo é assédio
  • Fantasia não é convite

Onde denunciar

As mulheres que se sentirem violadas em seus direitos podem fazer as denúncias pelo telefone 180 ou procurar a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, que funciona 24 horas.

Além disso, a Semcid disponibiliza o Centro de Atendimento de Referência à Mulher em Situação de Violência (Cramsv). O atendimento funciona de segunda e sexta-feira, das 12 às 19 horas, no Centro Integrado de Cidadania (CIC) Zumbi dos Palmares, mais conhecido como Casa do Cidadão, em Itararé.

Foto: Thaís Valverde/RRJ