NUTRIÇÃO

Comer pode ser o melhor remédio, mas isso não inclui fast food

Novos trabalhos reforçam a importância de uma boa alimentação para a longevidade.

Em 31/01/2023 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: Daniel Reche para Pixabay

A necessidade de optar por comidas saudáveis é endossada por outra pesquisa, recém-publicada na revista científica.

No começo do mês, pesquisadores da faculdade de medicina de Harvard divulgaram estudo que reforça a relação entre um padrão alimentar saudável e a diminuição do risco de morte prematura. Os cientistas constataram que as pessoas que seguiam uma dieta balanceada apresentavam menores chances de morrer de câncer e doenças respiratórias ou cardiovasculares em comparação com as que comiam mal. O trabalho foi publicado no “JAMA Internal Medicine”.

Foram utilizados dados, coletados durante 36 anos, de 75 mil mulheres e 44 mil homens. No início do levantamento, nenhum dos participantes havia sido diagnosticado com as doenças citadas e todos preenchiam um questionário sobre seus hábitos alimentares a cada quatro anos. Os resultados foram compatíveis com as recomendações das Diretrizes Dietéticas para Americanos, que aprovam diferentes dietas (como a mediterrânea ou à base de plantas) – dando prioridade às refeições que incluam grãos, legumes, verduras e frutas.

A necessidade de optar por comidas saudáveis é endossada por outra pesquisa, recém-publicada na revista científica “Clinical Gastroenterology and Hepatology”, que mostrou que o consumo de fast food – também responsável pelo crescimento do número de casos de diabetes e obesidade – está associado a um quadro de doença hepática gordurosa não alcoólica, que pode evoluir para cirrose ou câncer de fígado.

Os pesquisadores avaliaram 4 mil adultos: aqueles cujo consumo de fast food excedia 20% das calorias ingeridas diariamente tinham níveis elevados de gordura em seus fígados.

No entanto, não é apenas o fígado que sofre as consequências do fast food, com altos teores de açúcar e sal, onde sobram calorias e faltam nutrientes. Uma lata de refrigerante do tipo cola contém o equivalente a dez colheres de chá de açúcar, sem qualquer valor nutricional. Na digestão, a quebra dos carboidratos libera glicose e o resultado é o aumento da taxa de açúcar no sangue. O pâncreas então produz insulina, que transporta a glicose para as células. Entretanto, se os níveis se mantiverem sempre altos, o equilíbrio pode ser romper, levando ao diabetes tipo 2.

O excesso de sal é um vilão para a pressão sanguínea. Outro componente comum é a gordura trans, que aumenta o LDL (o mau colesterol) e o risco de diabetes e doença cardiovascular. Para o sistema respiratório, a equação é simples: calorias em abundância causam ganho de peso e os quilos extras sobrecarregam coração e pulmões, tornando penosas atividades simples como andar, subir escadas ou fazer exercícios. (Por Mariza Tavares, do G1)

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