ECONOMIA NACIONAL
Contrato permite retomada de obras da usina nuclear Angra 3
Construção foi paralisada em 2015, com 65% das obras concluídas e R$ 7,8 bilhões gastos.
Em 10/02/2022 Referência CCNEWS, Redação Multimídia
As empresas integrantes do consórcio foram as vencedoras da licitação para contratar os serviços no âmbito do Plano de Aceleração do Caminho Crítico da unidade, informou a Eletronuclear.
Em evento fechado nas instalações da Eletronuclear, em Angra dos Reis, foi comemorada nesta quinta-feira (10) a assinatura de contrato com o consórcio formado por Ferreira Guedes, Matricial e Adtranz, que permitirá a retomada das obras da usina nuclear Angra 3. Segundo a estatal de energia nuclear, a construção foi paralisada em 2015, com 65% das obras concluídas e R$ 7,8 bilhões gastos.
As empresas integrantes do consórcio foram as vencedoras da licitação para contratar os serviços no âmbito do Plano de Aceleração do Caminho Crítico da unidade, informou a Eletronuclear. O acordo entre as partes foi assinado ontem (9) e divulgado à noite pela Eletrobras, em comunicado ao mercado.
O consórcio escolhido foi anunciado em julho do ano passado. Superadas as etapas de recurso, as três companhias passaram por avaliação de compliance (governança), bem-sucedida.
No fim de janeiro deste ano, a assinatura do contrato foi aprovada pelo Conselho de Administração da Eletrobras. O resultado da licitação recebeu, em seguida, anuência da Diretoria Executiva e do Conselho de Administração da Eletronuclear.
Mobilização
O consórcio inicia agora a fase de mobilização do canteiro de obras e pretende retomar em breve a construção da usina. Seggundo a Eletronuclear, a conclusão da superestrutura de concreto do edifício do reator de Angra 3 é uma das principais medidas previstas no Plano de Aceleração do Caminho Crítico da unidade. Será feita também parte importante da montagem eletromecânica, que compreende o fechamento da esfera de aço da contenção e a instalação da piscina de combustíveis usados, da ponte polar e do guindaste do semipórtico.
Mais adiante, haverá nova licitação para contratar a empresa, ou consórcio, que finalizará as obras civis e a montagem eletromecânica da usina, o que ocorrerá por meio de contrato de EPC (sigla em inglês para engenharia, gestão de compras e construção). Nem a Eletrobras, nem a Eletronuclear forneceram o cronograma das etapas previstas.
Procurado pela Agência Brasil, o presidente da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães, disse que não poderia falar sobre a retomada de Angra e explicou:
“Estamos em período de silêncio que antecede a divulgação do balanço”. (Por Alana Gandra/Agência Brasil)
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