ESPORTE INTERNACIONAL

Distribuição de combustível destruiu o GP do Bahrein

O problema que assolou os carros de Verstappen e Pérez foi a distribuição de combustível.

Em 22/03/2022 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: Red Bull/Content Pool/Grande Prêmio

Os dois abandonos nas últimas voltas do GP do Bahrein no último fim de semana vieram por problemas com o combustível. É a conclusão da Red Bull.

A estreia da temporada 2022 da Fórmula 1 quase assinalou a Red Bull em condição próxima àquela da Ferrari em rendimento e pontos com os novos carros do Mundial. Mas foi quase. Nas últimas quatro voltas do GP do Bahrein, Max Verstappen e Sergio Pérez, que passaram o tempo praticamente inteiro nas posições dois e quatro, abandonaram. O problema que assolou os carros rubro-taurinos foi a distribuição de combustível.

A informação é da revista alemã Auto Motor und Sport. De acordo com a publicação, a Red Bull ainda estuda o carro para entender o que causou o problema, mas a suspeita favorita é a bomba de combustível. Ao longo dos testes, o componente sofreu com defeitos em alguns carros do grid - embora não na Red Bull. A importante lembrar que a F1 utiliza um novo combustível a partir deste ano. A Red Bull teve permissão especial, junto a outras equipes, para avaliar o componente após a classificação, no sábado, e não encontrou qualquer problema. Uma questão, então, complexa.

"Uma quebra que veio de lugar nenhum", disse o chefe Christian Horner após a corrida. "É muito decepcionante perder tantos pontos. A base do nosso carro é boa, mas tivemos muitas quebras para que fôssemos capazes de vencer", afirmou o consultor Helmut Marko.

Verstappen passara a corrida no segundo lugar e, depois de tentar o undercut na primeira janela de pit-stops, aproximou-se de Charles Leclerc e ultrapassou três vezes, nas aberturas das voltas 17, 18 e 19. Nas três, Leclerc passou de novo e recuperou a ponta. Aí, não foi mais ameaçado. Já Pérez vinha no quarto lugar e, quando Max abandonou, assumiu a última posição de pódio. Foi na última volta que rodou enquanto tentava se defender de Lewis Hamilton e avisou que o motor havia falhado. Fruto da má distribuição do combustível.

O carro da Red Bull mostrou ser bom, mas a equipe deixou o Bahrein sem nenhum ponto no Mundial de Construtores, enquanto a Ferrari anotou 44 - a pontuação máxima, com dobradinha e volta mais rápida - e a Mercedes, com um carro consideravelmente pior, marcou 27 pontos.

Apesar de terminal, o problema da distribuição de combustível não foi o único que a Red Bull relatou no domingo. Verstappen teve superaquecimento nos freios enquanto lutava pela liderança com Leclerc e, depois da segunda parada nos boxes, passou a ter um dano no volante e barra de direção. Além disso, a Red Bull foi pega de surpresa, apesar de ter colocado uma asa bem menor para Verstappen que aquela usada por Leclerc, de ter um desgaste de pneus maior que o imaginado. O efeito da equipe não ter realizado simulações definitivas de corrida durante os testes coletivos.

"Assim que Max dava velocidade, os pneus se degradavam muito. Ao contrário das expectativa, nosso desgaste foi maior que o da Ferrari. Ficamos abaixo de nosso potencial. Talvez as mudanças de setup que fizemos de sexta-feira para sábado tenham tido efeito negativo em Max. Dá para dizer, também, que a corrida sempre é diferente quando você pode passar toda ela na frente, como fez Leclerc", disse Marko.

A Red Bull ainda teve dificuldades em encontrar o equilíbrio do carro ao longo das sessões noturnas de sexta-feira e sábado, uma vez que a temperatura estava abaixo dos 20°C. No domingo, um pouco mais quente, as coisas melhoraram nesta seara. Por fim, a sensação das equipes após a primeira corrida é que todas - menos a Alfa Romeo - sofrem com o peso dos carros ainda. Mas, entre as três principais forças, a Ferrari ainda tem um bólido menos pesado.

A chance para a Red Bull responder vem já neste fim de semana, em mais uma prova noturna no Oriente Médio: o GP da Arábia Saudita. (Pedro Henrique Marum - Grande Prêmio)

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