EDUCAÇÃO

Escola de Vitória realiza oficina de confecção da boneca

Oficina de boneca ensina sobre respeito e igualdade para as crianças em escola de Vitória

Em 04/10/2022 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: Divulgação/PMV

As famílias se encantaram com a atividade e valorizaram os momentos vividos no Cmei com os pequenos, reconhecendo-se na história da boneca.

Dentro do projeto institucional "Qual a cor da minha pele?", o Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Gilda De Athayde Ramos, localizado em São Pedro, realizou com todas as famílias de turmas, do grupo 1 ao grupo 6, uma oficina de confecção da boneca Abayomi. A unidade de ensino tem 467 crianças matriculadas.

As dinamizadoras de Artes Ana Lúcia Soares Bonates, Erica Jacob da Silva, Marylucy Dezan Largura e os professores do turno vespertino, Luiza Helena Pereira da Silva, Mara Cristina da Silva Santos e Thamyres de Souza dos Reis, com o apoio dos demais profissionais, proporcionaram para as crianças e suas famílias momentos de muito aprendizado.

As famílias se encantaram com a atividade e valorizaram os momentos vividos no Cmei com os pequenos, reconhecendo-se na história da boneca.

Alexandra Baptista da Silva David, mãe de Betina Baptista David, do grupo 5, avaliou a oficina como um momento especial.

"Foi muito especial a oficina da Abayomi, primeiro que eu acho muito importante essa troca de experiências com os nossos filhos, de estar dentro da escola participando com ela. E também em relação à Betina, para nós é muito positivo ter um momento em que ela se vê representada, em que ela pode ver uma bonequinha da cor da pele dela e a gente pode falar sobre isso com ela, já que não é tão comum bonecas negras. A Betina traz as coisas que ela aprende na escola, ela divide com a gente, ela fala da alegria, foi muito especial, mais uma coisa que a gente pode colocar no processo de construção da Betina, eu gostei muito", afirmou.

Pai de Manuella da Silva Almeida, do grupo 6, Jeferson Costa Almeida contou que a atividade foi um aprendizado para ele também.

"Foi muito importante estar presente nesse momento tão especial para a minha filha e para todos os pais que estavam ali presentes, com a consciência de os pais estarem juntos, conversando sobre a questão racial, que a gente aprende a respeitar o direito de todos. Eu saí muito satisfeito, muito alegre, tendo em vista o amor, o carinho, o respeito de cada pessoa. A gente aprendeu que o amor é sempre fundamental na nossa vida, na nossa casa, na nossa família", relatou.

Aprendizado

Michelline Barbosa de Freitas, mãe de Enzo Gabriel da Silva Barbosa, do grupo 4, e de Samuel Barbosa da Silva, do grupo 2, disse que a oficina foi um momento muito significativo para ela.

"Eu amei. Eu amei, amei, amei. Porque foi um momento pra mim, que eu estava precisando. A boneca está bem aqui no meu quarto, guardadinha, com todo carinho. Meus filhos amaram também. Eu estava precisando pra mim, para o meu eu, a minha pessoa. Pra mim, hoje ela significa muito. Quando eu olho aquela bonequinha, eu já me sinto bem, foi uma experiência e tanto, uma experiência maravilhosa", afirmou.

Entre as crianças, confeccionar a bonequinha com a mãe, o pai ou responsável foi uma atividade lúdica, de troca de afeto.

"Eu vim fazer a boneca junto com meu pai, o nome da boneca é Abayomi. A boneca representa amor, felicidade e eu amei", contou Isabely Silva Pantalião, do grupo 6.

Vivência no Cmei

Antes de iniciar as oficinas, foi realizado com as crianças, familiares e profissionais a sensibilização para a temática, por meio de estudos de textos, informativos, vídeos, histórias, recados nas agendas e divulgação nos espaços comuns da unidade de ensino.

As bonecas Abayomis são pequenas bonecas negras, feitas de pano e sem costuras. Ancestralidade, afetividade e musicalidade estiveram em cena com ampla e fundamental participação das famílias nas vivências realizadas.

As formações continuadas organizadas ao longo deste ano pelo Cmei sobre a temática proporcionaram aos profissionais, conhecimentos, entusiasmo e envolvimento nas diversas ações planejadas.

"Estou colocando em prática uma das propostas apresentadas no plano de gestão, que é o respeito e a valorização da diversidade, dando suporte junto ao Conselho de Escola, adquirindo recursos para que todas as crianças sintam-se representadas e incluídas no Cmei", destacou a diretora Darsônia Almeida Souza.

A origem

Bonecas de tecido, feitas sem cola, sem costura, sem olhos, sem estrutura interna e sem detalhes, apenas com nós, dobraduras e cortes ou rasgos. As bonecas Abayomi foram criadas pela professora e artesã maranhense Lena Martins à época dos 100 anos da abolição da escravatura no Brasil, em 1988.

O nome Abayomi significa "encontro precioso", em Iorubá, uma das maiores etnias do continente africano, cuja população habita parte da Nigéria, Benin, Togo e Costa do Marfim. (Secom/PMV)

Leia também:

Linhares: escolas terão programação para Dia das Crianças
Escolas de Vitória recebem o projeto "Caravana Holandesa"
Oficinas diversas reforçam vínculo de famílias em Vitória
5º Vem Cantando Cariacica: inscrições prorrogadas até dia 14
Vitória nomeia 88 profissionais para atuar na rede de ensino
Cachoeiro abre inscrições para aulas gratuitas de violão
Vitória: Dia da Família na escola cativa comunidade escolar
Vila Velha: Abertas as inscrições para curso de massagista
Cariacica abre inscrições para capacitação em informática
Crianças participam de aula de trânsito com Guarda Municipal
Com apresentações, Festa da Primavera encanta famílias

TAGS:
VITÓRIA | ESCOLA | OFICINA | CONFECÇÃO | BONECA