POLÍTICA INTERNACIONAL

EUA alertam que Rússia pode invadir Ucrânia a qualquer hora

O alerta foi feito nesta sexta-feira (11) pelo secretário de Estado americano, Antony Blinken.

Em 11/02/2022 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: Ukrainian Ground Forces Command/REUTERS

Imagens de satélite comerciais publicadas por uma empresa privada dos EUA mostram novos deslocamentos de militares russos para vários locais perto da Ucrânia.

Secretário de Estado americano aponta novos deslocamentos russos na fronteira ucraniana. Presidente Biden pede que americanos deixem a Ucrânia imediatamente e descarta envio de tropas para retirar cidadãos.A Rússia está concentrando ainda mais tropas perto da Ucrânia, e uma invasão pode ocorrer a qualquer momento, talvez antes do fim dos Jogos de Inverno de Pequim. O alerta foi feito nesta sexta-feira (11) pelo secretário de Estado americano, Antony Blinken.

Imagens de satélite comerciais publicadas por uma empresa privada dos EUA mostram novos deslocamentos de militares russos para vários locais perto da Ucrânia.

“Estamos em uma janela em que uma invasão pode começar a qualquer momento e, para ser claro, isso inclui durante os Jogos Olímpicos”, afirmou Blinken em coletiva de imprensa durante visita à Austrália. Os Jogos de Pequim terminam em 20 de fevereiro.

“Simplificando, continuamos a ver sinais muito problemáticos de escalada russa, incluindo novas forças que chegam à fronteira ucraniana”, ressaltou Blinken.

A Rússia já reuniu mais de 100 mil soldados perto de Ucrânia, e esta semana lançou exercícios militares conjuntos na vizinha Belarus e exercícios navais no Mar Negro.

Pedido de Biden

O presidente dos EUA, Joe Biden, pediu aos cidadãos americanos na Ucrânia que deixem o país. “Os cidadãos americanos devem deixar a Ucrânia agora”, afirmou Biden nesta quinta-feira, em entrevista à emissora americana NBC.

“Não é como se estivéssemos lidando com uma organização terrorista. Estamos lidando com um dos maiores exércitos do mundo”, afirmou, se referindo ao acúmulo de tropas russas na fronteira com a Ucrânia. “Essa é uma situação muito diferente, e as coisas podem enlouquecer rapidamente'', disse.

Biden descartou o envio de tropas à Ucrânia, mesmo para resgatar americanos, ao responder a uma pergunta sobre se poderia surgir algum cenário que o leve a tomar essa medida. “É uma guerra mundial quando americanos e russos começam a atirar uns nos outros”, justificou.

As declarações de Biden representam uma nova escalada após semanas de diplomacia entre Washington, Moscou, Kiev e várias capitais europeias.

Em janeiro, o governo dos EUA recomendou que seus cidadãos deixem a Ucrânia de forma independente por causa da situação “imprevisível” no terreno. Na época, também ordenou a saída de parentes de diplomatas americanos na capital ucraniana e alertou seus cidadãos contra viajar para a Rússia.

A Casa Branca aprovou um plano do Pentágono para que seus soldados na Polônia construam abrigos temporários e se preparem caso seja necessário ajudar os americanos fugindo da Ucrânia no caso de um ataque russo ao país. Mas o plano não prevê o envio de tropas para retirada de americanos, como ocorrido no Afeganistão.

De acordo com dados do Departamento de Estado dos EUA, havia 6.500 cidadãos americanos na Ucrânia até o último mês de outubro.

Em meio às crescentes tensões, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, alertou nesta quinta-feira (10) que a crise na Ucrânia se tornou “o momento mais perigoso'' para a Europa em décadas.

Cresce tensão militar

A concentração de tropas da Rússia nas fronteiras ucranianas inclui tropas enviadas a Belarus, para exercícios conjuntos massivos que incluem disparos de munição real. As manobras começaram nesta quinta-feira e vão até 20 de fevereiro.

A capital ucraniana está localizada a cerca de 75 quilômetros ao sul da fronteira com Belarus.

Dando prosseguimento a seu acúmulo militar perto da Ucrânia, a Rússia transferiu seis navios de assalto anfíbios ao Mar Negro, aumentando sua capacidade de desembarcar fuzileiros navais na costa.

Moscou anunciou exercícios abrangentes nos mares Negro e de Azove nos próximos dias, fechando grandes áreas para a navegação comercial e gerando intensos protestos da Ucrânia nesta quinta-feira.

A Otan intensificou os destacamentos militares para reforçar o seu flanco no leste, com os EUA enviando tropas para a Polônia e a Romênia.

A Marinha dos EUA disse na quinta-feira que enviou quatro contratorpedeiros dos Estados Unidos para águas europeias. A Marinha não associou o destacamento diretamente com a crise da Ucrânia, mas disse que os navios fornecem “flexibilidade adicional'' ao comandante da Sexta Frota dos EUA, cuja área de responsabilidade inclui o Mediterrâneo e que vai operar em apoio aos aliados da Otan. (Deutsche Welle - md/lf (Reuters, EFE, AP)

Leia também:

Joe Biden critica censura de orientação sexual em escolas
Programa facilitará entrada de cidadãos brasileiros nos EUA
Washington afirma que Rússia prepara invasão total da Ucrânia
Biden diz que EUA mataram líder do Estado Islâmico na Síria
Alemanha sob fogo por hesitação na crise Rússia-Ucrânia
EUA querem cancelamento de viagem de Bolsonaro à Rússia
Itália: Partidos chegam a acordo para reeleger Mattarella
Pedra no sapato: A nova embaixadora dos EUA no Brasil
Joe Biden reforça apoio dos Estados Unidos à Ucrânia
Preocupações da Rússia sobre a Ucrânia são sérias, diz China

TAGS:
EUA | JOE BIDEN | FUCRÂNIA | ERÚSSIA | SOLDADOS | ALERTA