ESPORTE INTERNACIONAL

Fórmula 1 aumenta tempo de treinos livres para temporada 2022

O novo regulamento técnico da categoria não será a única novidade na próxima temporada.

Em 18/01/2022 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: Red Bull Content Pool / Grande Prêmio

Fórmula 1 planeja mudanças na estrutura dos finais de semana de corrida, que passarão a começar às sextas com 30 minutos a mais de duração nos dois primeiros treinos livres.

A Fórmula 1 se prepara para um ano de mudanças em 2022, e o novo regulamento técnico da categoria não será a única novidade na próxima temporada. Com um calendário recorde de 23 corridas ao longo do ano, a Liberty Media fez algumas alterações no dia-a-dia das equipes no paddock para que o número de folgas dos trabalhadores possa aumentar, de acordo com o portal RacingNews365. Assim, a partir de 2022, os finais de semana de corrida passarão a começar na sexta-feira, ao invés do início tradicional na quinta.

Normalmente, um final de semana de corrida na Fórmula 1 acontecia de quinta-feira a domingo — no caso do GP de Mônaco, começando na quarta-feira. A partir de 2022, o dia de abertura — com as sessões de entrevista e as primeiras atividades na pista — será na sexta-feira, com três dias de final de semana para todas as etapas do ano, incluindo a do Principado.

O planejamento para os finais de semana é o seguinte: a parte administrativa e as entrevistas acontecerão na sexta-feira e devem durar até por volta de 12h (no horário local) — esse horário depende da programação específica de cada evento, já que algumas corridas são realizadas à noite.

Logo depois, os pilotos vão à pista para duas sessões de treinos livres, cada uma com 90 minutos de duração e separadas por ao menos duas horas entre si. A intenção dos organizadores é começar o TL1 às 13h e o TL2 entre 17h e 18h30, sempre no horário local. Os treinos serão seguidos por mais algumas atividades com a imprensa, o que pode manter os envolvidos no paddock trabalhando por um período de quase 12 horas.

Essa pode ser uma mudança bastante comemorada pelos fãs, principalmente para os que pretendem assistir as corridas ao vivo. Em 2021, TL1 e TL2 tiveram apenas uma hora de duração, 30 minutos a menos do que terão em 2022.

No sábado, o regulamento prevê "uma terceira sessão de prática, durando 60 minutos e começando não menos de 17h30 após o final do TL2. A classificação acontecerá um dia antes da corrida e começará não menos de duas horas após o final do TL3".

Assim, seguindo o horário local das corridas, é possível prever que o último treino livre aconteça por volta de 12h e a sessão de classificação pouco mais de duas horas depois, ou seja, às 15h — ou mais tarde.

A estrutura da classificação permanece a mesma para 2022. No Q1, todos os 20 competidores terão 18 minutos para marcarem suas voltas rápidas, com os cinco piores eliminados. Sete minutos após o final do Q1, o Q2 dará aos pilotos mais 15 minutos na pista, com os dez melhores classificados para a última fase. No Q3, 12 minutos finais para a definição do grid de largada oficial.

A corrida, por sua vez, não deve começar mais de quatro horas antes do pôr do sol oficial de cada local, ou seja, normalmente por volta de 15h.

Por fim, o regulamento ainda prevê interações entre os pilotos e os fãs: "Dentro de um período de uma hora e terminando até 1h30 antes do TL3, todos os pilotos estarão disponíveis para atividades com os fãs (incluídos, mas não limitados a autógrafos e fóruns de fãs) para um período máximo de 15 minutos cada, dentro do horário".

É importante ressaltar que os horários podem sofrer modificações de acordo com as características de cada país, principalmente em corridas à noite ou em sessões após o entardecer. Vale lembrar também que algumas etapas do ano — incluindo a primeira, no Bahrein — vão sediar corridas sprint, o que deve alterar o cronograma da organização.

A F1 acredita que o novo formato de final de semana pode economizar até 24 dias de trabalho, dois em Mônaco e mais um para cada uma das outras 22 corridas do calendário. Além de economizar em custos de hospedagem, por exemplo, o dia livre pode ser utilizado pelos empregados das equipes para uma folga entre as etapas.

Em reportagem recente do site britânico Autosport, uma entrevista com um mecânico anônimo da F1 jogou certa luz nas condições precárias de trabalho no paddock, em jornadas desumanas que atingem até 12 horas por dia. Além disso, uso de remédios e álcool se tornou comum para suportar a carga de trabalho.

Com um dia a mais sem atividades a cada final de semana, resta saber se esse tempo livre será convertido em descanso para os trabalhadores ou se a Liberty Media vai conseguir um 'jeitinho' de ampliar ainda mais o já exaustivo calendário da F1 para os próximos anos. (Por João Pedro Nascimento - Grande Prêmio)

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