ECONOMIA NACIONAL

Governo encaminha plano de redução de benefícios fiscais

Governo encaminhou ao Congresso um projeto que reduz incentivos e benefícios tributários

Em 16/09/2021 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: © Marcelo Camargo/Agência Brasil

De acordo com a Presidência, o Plano de Redução Gradual de Incentivos e Benefícios Fiscais visa a adequação dos benefícios tributários ao Produto Interno Bruto.

O governo encaminhou ao Congresso um projeto de lei que reduz incentivos e benefícios tributários de setores da economia. A Secretaria-Geral da Presidência informou hoje (16) que a medida é fruto do compromisso firmado entre o Legislativo e o Executivo para possibilitar o pagamento do auxílio emergencial em 2021, benefício que atende a população mais vulnerável durante a pandemia de covid-19.

A Emenda Constitucional nº 109/2021, que permitiu o auxílio este ano, concedeu seis meses para o governo propor uma redução de benefícios tributários, além de outras medidas fiscais para abertura de espaço no orçamento.

De acordo com a Presidência, o Plano de Redução Gradual de Incentivos e Benefícios Fiscais visa a adequação dos benefícios tributários ao Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país). O objetivo é que, ao final de oito anos, os incentivos sejam mantidos em patamar igual ou inferior a 2% do PIB.

A Secretaria-Geral explica ainda que o plano foi elaborado pela Receita Federal e prevê um corte de mais de R$ 22 bilhões em gastos tributários, sendo R$ 15 bilhões cortados já no primeiro ano. As demais reduções serão feitas gradualmente, por meio da não prorrogação de outros benefícios fiscais que já tinham data certa para serem encerrados e que não mais serão renovados.

“Importante ressaltar que o Plano de Redução Gradual torna o sistema tributário mais justo e simples ao eliminar distorções, reduzir benefícios que não atingem finalidades relevantes para a sociedade e encerrar regimes tributários considerados obsoletos”, diz a nota.

Os regimes tributários especiais estabelecem uma forma diferenciada de tributação a determinados setores ou atividades empresariais. Os incentivos fiscais podem ser concedidos como descontos, isenção, compensação e outros modelos que diminuem a carga tributária com o intuito de incentivar o investimento e o crescimento em determinados setores.

A pasta não especificou quais benefícios serão cortados ou não renovados, mas afirmou que a medida não trará nenhuma alteração para os incentivos fiscais relativos à cesta básica, ao Simples Nacional (micro e pequenas empresas), à Zona Franca de Manaus, às bolsas de estudantes e outros mencionados na Emenda Constitucional nº 109/2021. O plano também não interfere nas imunidades tributárias previstas na Constituição.

A expectativa do governo é que o projeto seja aprovado ainda esse ano e iniciado em 2022. (Por Andreia Verdélio/Agência Brasil)

Leia também:

BC publica relatório e normas sobre gestão de riscos climáticos
Ministro defende aumento “modesto e moderado” para BF
Maioria dos consumidores quer carros elétricos para compra
Petrobras tem forte governança para evitar qualquer desvio
Produção de motocicletas no Brasil cresce 30,2% em agosto
Exportação do agronegócio do Brasil tem recorde para agosto
Aplicação no Tesouro Direto pode ser resgatada no mesmo dia
Instituições financeiras elevam estimativa de inflação para 8%
Estados acusam Petrobras de mentir sobre preço da gasolina
Efeito da crise política na economia do Brasil já é inevitável
Comércio cresce 1,2% em julho e atinge patamar recorde

TAGS: 
ECONOMIA | CONGRESSO | BENEFÍCIOS | GOVERNO | PROJETO