VIAGENS & TURISMO

Minas Gerais completa 300 anos: a fé que move o turismo

Estado é palco de roteiros que permitem conhecer um pouco da sua história tricentenária.

Em 06/12/2020 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: Divulgação/Ministério do Turismo

A rota passa por 32 municípios mineiros e seis paulistas, em um percurso de mais de mil quilômetros.

A história de Minas Gerais, que completa 300 anos nesta semana, é repleta de características marcantes da religião, com inúmeras igrejas e capelas erguidas como símbolo da fé do povo mineiro. E as estruturas remanescentes de períodos mais antigos despertam o interesse de turistas que têm na fé uma motivação para colocar o pé na estrada e conhecer um pouco mais da rica trajetória do estado, palco de alguns dos capítulos mais emblemáticos da memória do país.

A aproximadamente 50 quilômetros da capital Belo Horizonte, por exemplo, a cidade de Caeté abriga um dos pontos de partida de um roteiro que retrata a religiosidade mineira. O Caminho Religioso Estrada Real (CRER), inspirado no consagrado Caminho de Santiago de Compostela, entre a França e a Espanha, proporciona uma peregrinação que liga o Santuário Nossa Senhora Piedade e o Santuário de Aparecida, no estado de São Paulo.

A rota passa por 32 municípios mineiros e seis paulistas, em um percurso de mais de mil quilômetros. Em Minas Gerais, o trajeto se encontra totalmente sinalizado, para que o visitante possa se orientar com segurança. O caminho dispõe de totens instalados em locais estratégicos, que indicam direções, e placas orientativas com o mapa geral do percurso, que ajudam a direcionar os viajantes aos municípios do roteiro.

O trajeto

O trajeto pode ser percorrido a pé, de bicicleta, a cavalo ou em veículos 4x4, permitindo se viajar por etapas. Para marcar o caminho percorrido, o turista tem a chance de carimbar um ‘passaporte’ em pontos de apoio do CRER, geralmente situados em secretarias paroquiais ou pontos de informações turísticas. Ao final do percurso, seja em Caetés ou em Aparecida, o peregrino que apresentar o documento totalmente preenchido recebe um certificado de conclusão.

Em Minas, além de Caeté, a rota passa por Sabará, Raposos, Barão de Cocais, Nova Lima, Santa Bárbara, Rio Acima, Catas Altas, Itabirito, Mariana, Ouro Preto, Ouro Branco, Congonhas, Conselheiro Lafaiete, São Brás do Suaçuí, Entre Rios de Minas, Casa Grande, Lagoa Dourada, Prados, Tiradentes, Santa Cruz de Minas, São João del Rei, Carrancas, Cruzília, Baependi, Caxambu, São Lourenço, Pouso Alto, São Sebastião do Rio Verde, Itamonte, Itanhandu e Passa Quatro.

Já em São Paulo, juntamente com Aparecida, o percurso inclui Cruzeiro, Cachoeira Paulista, Canas, Lorena e Guaratinguetá.

Atrações

O Caminho Religioso Estrada Real permite um passeio por ícones do turismo de fé em Minas. Um exemplo é a histórica Ouro Preto, a cerca de 70 quilômetros de Belo Horizonte. A cidade ostenta a imponente Igreja de São Francisco de Assis, construída a partir de um projeto de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, além das Igrejas de São Francisco de Paula e de Nossa Senhora do Rosário, entre várias outras.

Outro símbolo fica em Congonhas, a aproximadamente 80 quilômetros de BH: o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, com suas estátuas de profetas em pedra-sabão esculpidas por Aleijadinho. Já Tiradentes, a cerca de 190 quilômetros da capital, abriga a Igreja Matriz de Santo Antônio, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e a Igreja da Santíssima Trindade. Catas Altas, por sua vez, a aproximadamente 120 quilômetros da capital, é o cenário do Santuário do Caraça, com sua igreja, a Nossa Senhora Mãe dos Homens, em estilo neogótico.

Piedade

O Santuário de Nossa Senhora da Piedade fica a 16 quilômetros de Caeté, a 1.746 metros de altitude. Do local, que abriga a Padroeira de Minas Gerais, o visitante tem a chance de contemplar uma das mais belas vistas das montanhas de Minas Gerais. São 360 graus de panorama, com a paisagem de cidades como a própria Caeté, Belo Horizonte, Contagem, Lagoa Santa, Nova União, Raposos, Sabará, Santa Luzia e Vespasiano. (Por André Martins - Ministério do Turismo)