NEGÓCIOS

Minério de ferro segue para 5ª queda semanal consecutiva

O minério mais negociado para entrega em janeiro na Bolsa de Dalian fechou em US$ 85,48.

Em 12/11/2021 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: REUTERS

O contrato do minério de ferro para dezembro na Bolsa de Valores de Cingapura caía mais de 4%, para 88,35 dólares a tonelada.

Os preços do minério de ferro estavam a caminho de uma quinta queda semanal consecutiva na sexta-feira (12), com as preocupações pela fraca demanda por matéria-prima na principal produtora de aço, a China, superando as esperanças de um afrouxamento nas restrições ao financiamento no setor imobiliário do país, abalado por dívidas.

O minério de ferro mais negociado para entrega em janeiro na Bolsa de Commodities de Dalian fechou em queda de 1,6%, a 546,50 iuanes (85,48 dólares) a tonelada, e estava a caminho de uma queda semanal de quase 3%.

O contrato do minério de ferro para dezembro na Bolsa de Valores de Cingapura caía mais de 4%, para 88,35 dólares a tonelada, no início da manhã (horário de Brasília), com queda de cerca de 3% em relação à semana passada.

O minério de ferro spot na China foi negociado na sexta-feira a uma mínima de 18 meses, 90 dólares a tonelada, queda de cerca de 5% esta semana, de acordo com dados da consultoria SteelHome.

Os traders ficaram cautelosos após uma recuperação nos mercados futuros de elementos ferrosos da China na quinta-feira, impulsionada pelo China Evergrande Group fazendo pagamento de última hora para alguns detentores de títulos e conversas sobre um potencial afrouxamento do crédito no setor imobiliário. O setor é responsável por cerca de um quarto da demanda doméstica de aço.

“A questão é mais sobre os detalhes da implementação”, disseram analistas da J.P. Morgan em uma nota, referindo-se às possíveis medidas de flexibilização do crédito.

Mesmo assim, a China se manterá firme nas políticas para conter o excesso de empréstimos por parte dos incorporadores imobiliários, ao mesmo tempo que faz ajustes de financiamento para ajudar os compradores de imóveis e atender à demanda “razoável” em meio a uma crise de liquidez em todo o setor, dizem banqueiros e analistas.

Somando-se às perspectivas pessimistas para a demanda de aço e minério de ferro da China, a ArcelorMittal –maior siderúrgica do mundo– disse que prevê uma leve contração na demanda de aço chinesa em 2021, citando o setor imobiliário do país.

O vergalhão de aço para construção na Bolsa de Futuros de Xangai caiu 2,3% após um salto de 5% na sessão anterior, enquanto a bobina a quente caiu 1%. O aço inoxidável caiu 2,1%.

O carvão metalúrgico em Dalian caiu 4,9%, enquanto o coque recuou 2,9%. (Por Enrico Dela Cruz - Reuters)

Leia também:

Associação dos Empresários de Serra elege nova diretoria
Venda de cimento cai 10% em outubro sobre um ano antes
Minério de ferro se recupera, mas fica abaixo de US$100/ton
Em 2021, ES bate recorde com a abertura de 15.602 empresas
Vale vende todas as ações na Mosaic e obtém US$1,26 bilhões
Telefônica, TIM e Claro arrematam principais lotes em leilão 5G
Azul mira oferta por totalidade da Latam Airlines, diz fundador
Preço do minério de ferro cai com baixa demanda na China
ArcelorMittal entre as empresas mais inovadoras do Brasil
Poluição: Futuros do aço chinês sobem e minério de ferro cai

TAGS:
MINÉRIO | QUEDA | COTAÇÃO | SEMANAL | DALIAN | BOLSA