SAÚDE

Ministério da Saúde compra 20 milhões de doses da Covaxin

Comunicado do MS divulgado, a compra foi feita junto a importadora Precisa Medicamentos.   

Em 26/02/2021 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: Divulgação/European Commissio

A Covaxin ainda não finalizou seus testes clínicos da terceira fase, que ainda estão em andamento com cerca de 25,8 mil pessoas.

O Ministério da Saúde anunciou na noite de ontem (25) que comprou 20 milhões de doses da vacina anti-Covid Covaxin, produzida pela farmacêutica indiana Bharat Biotech. Conforme comunicado divulgado, a compra foi feita junto a importadora e distribuidora Precisa Medicamentos.   

Segundo a nota, o “investimento total foi de R$ 1,614 bilhão na compra da vacina” e as “primeiras 8 milhões de doses do imunizante devem começar a chegar já no mês de março, em dois lotes de 4 milhões a serem entregues entre 20 e 30 dias após a assinatura do contrato”. O cronograma ainda informa mais oito milhões em abril e quatro milhões em maio.   

A Covaxin, porém, ainda não finalizou seus testes clínicos da terceira fase, que ainda estão em andamento com cerca de 25,8 mil pessoas. Segundo informações da própria empresa, os resultados dos estudos devem ser divulgados apenas em março.   

Ainda assim, precisam passar por uma revisão científica independente, como ocorre com todos os demais imunizantes.   

Críticas de cientistas

O governo indiano, no entanto, já está aplicando a vacina na população por considerar que as fases 1 e 2 demonstraram que a Covaxin é segura. A decisão foi bastante criticada por cientistas indianos.   

Para entender, a fase um, que conta com dezenas de pessoas, é usada para verificar se o imunizante é seguro para a saúde das pessoas, ou seja, se não apresenta reações graves. A segunda fase continua a testar a segurança, pois o estudo é ampliado para a casa de centenas de voluntários, mas se busca verificar se há resposta do sistema imunológico contra o Sars-CoV-2.   

Na última etapa, que passa para milhares de pessoas, os especialistas querem saber se a vacina realmente possui efeito para evitar a doença e desenvolver anticorpos contra o vírus. Ou seja, se ela funciona ao que se propõe.   

Sem a última etapa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para acelerar o processo, retirou a obrigatoriedade de que essa última etapa seja feita no Brasil para dar a autorização de uso emergencial. No entanto, a Covaxin ainda precisará ser analisada pelos técnicos da Anvisa para poder ser aplicada no Brasil ou não.   

Até o momento, a Agência autorizou o uso de três imunizantes.Com liberação de uso emergencial estão a CoronaVac, da Sinovac Biotech e que é produzida pelo Instituto Butantan, e a AZD 1222 (ou Covidshield), da Universidade de Oxford/AstraZeneca e que será produzida pela Fundação Oswaldo Cruz. Ambas estão sendo aplicadas no Brasil.   

Já a BNT 162b, da Pfizer e da BioNTech, recebeu o registro definitivo de uso no país, mas o governo federal não comprou doses do imunizante. (ANSA).  

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