SAÚDE

Missão do MS inicia diagnóstico de indígenas em Boa Vista

A equipe fará um levantamento para o diagnóstico sobre a situação da saúde dos indígenas.

Em 18/01/2023 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: Reuters/Adriano Machado/Direitos reservados

Esse é o primeiro passo da nova estratégia inédita do Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde​, em parceria com instituições da sociedade civil, para reestabelecer o acesso à saúde de qualidade dessa população.

Começou na última segunda-feira (16), uma missão do Ministério da Saúde na região Yanomami, território indígena com mais de 30,4 mil habitantes. A equipe, que está em Boa Vista (RR), fará um levantamento de informações para o diagnóstico sobre a situação da saúde dos indígenas. Esse é o primeiro passo da nova estratégia inédita do Governo Federal, em parceria com instituições da sociedade civil, para reestabelecer o acesso à saúde de qualidade dessa população.

A ação é uma parceria entre a Secretaria Executiva, Secretaria de Saúde Indígena (SESAI), Secretaria de Vigilância em Saude (SVS), Secretaria de Atenção Especializada (SAES), além da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Ministério da Defesa, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade Federal de Roraima, Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), lideranças indígenas do Conselho Distrital Yanomami (CONDISI) e a Hutukara Associação.

Expectativa

Em nota, a pasta informou que a expectativa é que, após o levantamento, sejam definidas “ações imediatas para superar a crise sanitária” pela qual passa a população local.

“Nos últimos anos, a população Yanomami passou por desassistência e dificuldade de acesso aos atendimentos de saúde. Casos de desnutrição e insegurança alimentar, principalmente entre as mais de 5 mil crianças da região, foram registrados”, destaca o ministério.

A situação tem sido denunciada também pelo Conselho Indígena de Roraima (CIR). Em abril do ano passado, a entidade entregou ao então ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, uma carta assinada por lideranças indígenas que descrevia um “cenário de guerra” na região, com morte de crianças pelos mais diversos motivos. As lideranças denunciaram também o desvio de verbas que teriam como destino a saúde indígena.

“Denunciamos, especialmente, o absoluto colapso da saúde indígena dos povos Yanomami e Yekawana que vivem um cenário de guerra, com morte de crianças de desnutrição e de malária, a desassistência para remoção e resgate de indígenas”, diz a carta ao relatar, também, “falta de coordenação entre os entes federados para o devido atendimento e proteção da saúde indígena, e o desvio de verbas destinadas à saúde indígena Yanomami”.

Primeiro passo

Segundo a atual equipe do Ministério da Saúde, a missão enviada ao território Yanomami, onde vivem mais de 30,4 mil habitantes, é o “primeiro passo” de uma nova estratégia do governo federal para, em parceria com a sociedade civil, restabelecer o acesso à saúde de qualidade dessa população.

“Os técnicos analisarão a situação saúde na região, dos atendimentos prestados e insumos disponíveis, para mapear as demandas e necessidades de saúde da população. Com esses dados, o Ministério da Saúde vai elaborar um diagnóstico completo sobre o território indígena e definir as ações imediatas que precisam ser tomadas para superar a crise sanitária e fortalecer a atenção ofertada pelo Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami”, informou o ministério.

No momento, duas equipes técnicas atuam na região. Uma equipe está concentrada em Boa Vista, trabalhando com o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Yanomami, a Casa de Saúde Indígena (Casai), Secretaria Estadual de Saúde de Roraima e Secretaria Municipal de Saúde de Boa Vista. A outra, chamada equipe de campo, vai se deslocar entre os Polos Base de Surucucu e Xitei. O acesso a essas regiões é difícil e, em parte, só acontece pela parceria com o Ministério da Defesa.

“A outra, chamada equipe de campo, vai se deslocar entre os polos base de Surucucu e Xitei. O acesso a essas regiões é difícil e, em parte, só acontece pela parceria com o Ministério da Defesa”, acrescentou. (Por Pedro Peduzzi - da Agência Brasil)

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