CIDADANIA

Municípios que conseguiram aumentar o gasto com Educação

Das cidades capixabas apenas 24 conseguiram ampliar as despesas na área.

Em 03/08/2018 Referência JCC / C2 Comunicação ? Laísa Rasseli

Divulgação

Levantamento feito pelo anuário Finanças dos Municípios Capixabas, da Aequus Consultoria, aponta as cidades do Espírito Santo que mais e menos gastaram com Educação em 2017. Num cenário de crise, com fortes quedas de receitas nos municípios capixabas, os gastos na área registraram queda pelo terceiro ano consecutivo, totalizando R$ 3,1 bilhões, valor abaixo do que foi gasto em 2011.

A publicação aponta que as maiores quedas aconteceram em Laranja da Terra (-25,8%), município que registrou seu menor gasto com educação dos últimos 13 anos; Ibatiba (-23,5%) e Atílio Vivácqua (-16,7%). Em valores absolutos, as maiores reduções foram a de Serra, com R$ 15,1 milhões a menos; Itapemirim, com R$ 11,7 milhões a menos; e Anchieta, com R$ 9,6 milhões a menos.

De acordo com Tânia Villela, economista e editora do anuário, a queda se explica pelo cenário adverso pelo qual passam as finanças municipais. “A retração na economia tem exigido um movimento generalizado de contenção das despesas. Os municípios não estão conseguindo fazer grandes investimentos em obras e equipamentos, que quase zeraram em 2017”, pontuou.

Dos 77 municípios capixabas com dados fechados até a data do encerramento da edição da publicação, apenas 24 aumentaram suas despesas com educação em relação à 2016. Os destaques foram Marilândia, com alta de 11%; Vargem Alta, com aumento de 10,4% e Bom Jesus do Norte, que aumentou em 10,1% os recursos destinados para a educação.

Despesa por aluno

Conforme os dados do anuário, os recursos aplicados pelas cidades em educação por aluno também reduziram nos últimos três anos, e o gasto médio foi de R$ 6.045,29, em 2017, valor abaixo do registrado em 2011.