SAÚDE

Norte: Hospitalizações por covid mantêm tendência de alta

Região Norte ainda apresenta uma tendência de alta na incidência da síndrome respiratória

Em 03/08/2022 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: © Rovena Rosa/Agência Brasil

Segundo a Fiocruz, nas demais regiões somente os estados de Mato Grosso, Maranhão e Piauí ainda apresentam sinal claro de manutenção de crescimento, enquanto em Sergipe é possível que a alta seja apenas uma oscilação.

A Região Norte ainda apresenta uma tendência de alta na incidência da síndrome respiratória aguda grave (SRAG), cujas hospitalizações estão predominantemente associadas à covid-19 desde o início da pandemia, em 2020. A análise foi divulgada hoje (3) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Boletim InfoGripe, que inclui dados até 30 de julho.

Segundo a Fiocruz, nas demais regiões somente os estados de Mato Grosso, Maranhão e Piauí ainda apresentam sinal claro de manutenção de crescimento, enquanto em Sergipe é possível que a alta seja apenas uma oscilação.

O boletim InfoGripe tem explicado em suas últimas edições que a segunda onda da variante Ômicron, causada por suas subvariantes, chegou primeiro ao Sudeste, Sul e Centro-Oeste, regiões em que também terminou primeiro. No Nordeste e no Norte, o início da onda de infecções começou quase 2 meses depois, o que também levou a descida da curva de casos a ocorrer mais tarde.

O pesquisador Leonardo Bastos explica que, apesar de o cenário ser de tendência de queda na maior parte do país, o cenário ainda requer atenção.

"A gente ainda está com indicadores de hospitalizações e óbitos [por SRAG] maiores que o período anterior à pandemia. Já caiu, mas ainda não o suficiente para falar que está tranquilo".

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, o Boletim InfoGripe mostra que oito em cada dez casos virais de SRAG foram causados pelo SARS-CoV-2. A prevalência dos demais vírus foi de 1,9% para influenza A, 0,1% para influenza B, e de 5,6% para vírus sincicial respiratório (VSR).

Óbitos

O painel de dados Monitora Covid-19, também mantido pela Fiocruz, mostra que a média móvel de óbitos se manteve acima das 200 vítimas diárias durante todo o mês de julho e continua nesse patamar no início de agosto.

O número representa um aumento em relação a abril e maio, quando chegou ficou abaixo de 100 vítimas em alguns dias. Para Leonardo Bastos, o platô está relacionado à disseminação das subvariantes da Ômicron, que provocaram uma nova onda de infecções.

"O que a gente espera é que, com a queda das hospitalizações, haja uma queda nos óbitos mais pra frente, mas o quanto mais a frente não dá para saber. A gente espera que a queda nas hospitalizações no Sul e Sudeste se reflita nos óbitos daqui a pouco, daqui a algumas semanas", disse.

O pesquisador explica que ainda é difícil mensurar o impacto do inverno durante a onda de casos causada pelas subvariantes:

“Porque a covid-19 ainda não possui um comportamento endêmico descrito que pode ser tomado como base”.

"A gente acredita que há esse efeito climático, porque o clima afeta o nosso comportamento, favorecendo a transmissão de vírus respiratórios. O inverno também contribui. Agora, o quanto é do inverno e o quanto é das novas variantes a gente não consegue separar ainda", disse o pesquisador. (Por Vinícius Lisboa/Agência Brasil)

Leia também:

Agosto Dourado: Linhares orienta sobre aleitamento materno
Gordura que causa celulite não é vilã par problemas cardíacos
Linhares continua vacinando contra covid, gripe e sarampo
Prefeitura de Vitória nomeia mais 10 profissionais da saúde
Serra abre nesta segunda-feira (1) novas vagas de vacina
Brasil terá antiviral para tratar varíola dos macacos, diz ministro
"Agosto Azul Vermelho" alerta sobre as doenças vasculares
São Paulo confirma casos de varíola dos macacos em crianças
Governo inaugura COE para monitorar varíola dos macacos
Piora na qualidade alimentar pode formar geração de diabéticos
Brasil registra 978 casos confirmados de varíola dos macacos

TAGS:
SRAG | COVID-19 | REGIÃO NORTE | COVID-19 | FIOCRUZ