CENÁRIO EMPREENDEDOR

O processo de sucessão nas empresas familiares.

34% não sobrevivem na transição da segunda para a terceira geração.

Em 22/04/2016 Referência JCC: Prof. José Luiz Mazolini

Num raciocínio lógico não deveria ser assim, mas, segundo Lodi, 50% das empresas familiares morrem na passagem da primeira para a segunda geração, enquanto 34% não sobrevivem na transição da segunda para a terceira geração. 

Esses elevados números seriam motivados pela falta de conhecimento dos mentores do projeto, desinteresse dos filhos, netos, bisnetos, etc., pela ausência de uma cultura familiar e empresarial, ou por negligência a um dos fundamentos básicos para qualquer negócio – o planejamento - ferramenta indispensável para nortear os passos das empresas em todas as suas ações e dimensões?

Mesmo com essas estatísticas, o fato é que também existe a ausência de profissionalismo para o processo de sucessão, ou transição familiar, principalmente nas pequenas e, em alguns casos, nas médias empresas. Essa ausência de profissionalismo é percebida no tratamento deste tão importante assunto acontecer somente no âmbito familiar, esquecendo-se do ambiente empresarial.

O processo de sucessão na gestão familiar é influenciado por alguns fatores extremamente relevantes, como por exemplo: o perfil do fundador da empresa, a configuração da cultura da empresa, a cultura da família, e da própria transição da sucessão.

Geralmente há sucesso no processo da sucessão familiar na empresa, quando o fundador tem a clareza do tempo para acontecer a transição, flexibilidade à mudanças e saber preparar o(s) possível(eis) sucessor(es). Também se faz necessária a  coerência na cultura familiar, além de senso de justiça, diálogo e espírito colaborativo entre os membros da família. Quanto à cultura da empresa, é necessário que seja também colaborativa e profissional e não centralizadora e ou paternalista.

A própria transição precisa ser planejada tanto na formação profissional do sucessor, como também, sua inserção na empresa. É importante que o sucedido acompanhe o sucessor na empresa, gerando aquilo que chamamos de empoderamento e autonomia do sucessor nas decisões. Caso o processo não consiga fluir, faz-se necessária a presença de um profissional para orientá-los.

Autor:

Prof. José Luiz Mazolini

Sobre o autor:

É diretor da Mazolini Consultoria & Marketing, professor universitário, estrategista em marketing & negócios, consultor empresarial e carreira profissional e Palestrante. 

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