ECONOMIA NACIONAL

Petrobras eleva preço médio da gasolina e alta em maio soma 38%

A petroleira aumentará os preços médios da gasolina em suas refinarias em 12%.

Em 20/05/2020 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: REUTERS/Diego Vara

A Petrobras aumentará os preços médios da gasolina em suas refinarias em 12% a partir de quinta-feira (20), na terceira alta em maio, com um avanço acumulado de cerca de 38% neste mês, na esteira de uma recuperação recente das cotações do petróleo e seus derivados no mercado externo.

As demais elevações da gasolina da petroleira estatal vendida às distribuidoras neste mês ocorreram nos dias 7 e 14, de 12% e 10%, respectivamente.

Os reajustes na gasolina ocorrem após o preço do petróleo Brent, referência internacional, ter avançado também cerca de 40% em maio, reagindo a cortes de produção de grandes produtores e a um relaxamento de medidas de isolamento contra o coronavírus em países da Europa e nos Estados Unidos.

Ainda assim, os valores da gasolina da Petrobras neste ano ainda acumulam queda de 34%, depois do mercado de petróleo ter sofrido fortemente com uma desaceleração da economia global, diante de impactos da pandemia. O recuo acumulado do Brent neste ano é de aproximadamente 47%.

Em contrapartida, a Petrobras decidiu manter o valor do diesel, o combustível mais consumido no país, que havia sido elevado na terça-feira em 8%, na primeira alta aplicada ao combustível fóssil pela petroleira neste ano.

No caso do diesel —um produto sensível aos caminhoneiros, categoria que costuma apoiar o presidente da República Jair Bolsonaro— a queda acumulada no ano é de cerca de 40%.

O repasse dos reajustes nas refinarias até os consumidores finais, nos postos, não é imediato e depende de uma série de questões, como margem da distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de biocombustíveis.

A estatal tem uma política de preços que busca seguir valores de paridade de importação, que leva em conta preços no mercado internacional mais os custos de importadores, como transporte e taxas portuárias, com impacto também do câmbio. No entanto, tem evitado repassar volatilidade ao mercado interno. (Reuters)