POLICIA

PF associa milícia digital ao gabinete do ódio bolsonarista

No relatório, a PF pontua que essa milícia digital atua anonimamente e com alvos específicos.

Em 11/02/2022 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: Adriano Machado / Reuters

Em relatório parcial enviado a Alexandre de Moraes, do STF, a delegada Denisse Ribeiro revela estrutura de ataques e fake news.

A Polícia Federal enviou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relatório parcial sobre uma milícia digital que, segundo o órgão, atua na estrutura que ficou conhecida como 'gabinete do ódio', formada por aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) e cuja ação ocorreria até mesmo dentro do Palácio do Planalto, em Brasília.

No relatório, a PF pontua que essa milícia digital atua anonimamente e com alvos específicos, como inimigos políticos e até integrantes das instituições democráticas do País, como ministros do STF e a mídia. O grupo também faz uso de fake news nesses ataques para, dessa forma, alcançar "ganhos políticos, ideológicos e financeiros".

O documento é assinado pela delegada Denisse Ribeiro, desafeta do presidente.

“Identifica-se a atuação de uma estrutura que opera especialmente por meio de um autodenominado 'gabinete do ódio': um grupo que produz conteúdos e/ou promove postagens em redes sociais atacando pessoas (alvos) – os 'espantalhos' escolhidos – previamente eleitas pelos integrantes da organização, difundindo-as por múltiplos canais de comunicação, em atuação similar à já descrita outrora pela Polícia Federal, consistente no amplo emprego de vários canais da rede mundial de computadores, especialmente as redes sociais”, escreveu Denisse.

O relatório traz ainda o modus operandi da milícia, que consistiria em 1-eleger o alvo; 2-elaborar o conteúdo para o ataque; 3-publicação de ofensas e fake news; 4-uso de diversas plataformas para reproduzir esse conteúdo; 5-uso de robôs para potencializar o disparo desse conteúdo.

O relatório, enviado na quinta-feira, será analisado por Alexandre de Moraes por ser ele o relator do inquérito sobre milícias digitais na Suprema Corte. A partir de segunda-feira, 14, a delegada Denisse Ribeiro se afastará do caso devido a motivos pessoais. (Redação - Terra)

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