A Casa da Memória de Vila Velha está recebendo obras como readequações para acessibilidade, reforma de todo o telhado, novo forro, iluminação e pintura geral. Entre as intervenções se encontram painéis do artista plástico canela-verde Rodolpho Valdetaro, que estão em desenvolvimento nas salas com as exposições da chegada do donatário e outra área que relata a escravidão.

Já em andamento, a pintura alusiva à chegada da comitiva portuguesa reproduz Vasco Coutinho e seu encontro com os povos originários do berço do Espírito Santo. De acordo com o subsecretário Municipal de Cultura, Manoel Goes, “as pinturas são uma maneira lúdica e didática de apresentar a trajetória da construção da nossa identidade através do tempo. Retratar na escala de uma parede cenas da nossa história enrique muito mais o acervo e a experiência de quem nos visita”.

Uma verdadeira mistura entre o antigo e o contemporâneo. Essa é a proposta do artista que mistura técnicas do grafite com pintura clássica através de tinta acrílica e spray.

“Me inspirei na arte renascentista e impressionista. Tem um pouco de cada, bastante influência de Leonardo da Vinci, Michelangelo, Caravaggio e Manet”, explica Rodolpho. As paredes da sala da memória do Farol de Santa Luzia também fazem parte do portfólio do autodidata de 37 anos.

Exposição permanente

As pinturas vão interagir com a exposição permanente da colonização do solo espírito-santense do único museu voltado para o assunto no Estado, fruto de uma pareceria voluntária do Instituto Histórico e Geográfico de Vila Velha (IHGVV) e Prefeitura de Vila Velha.

Na exposição constam réplicas de armas, instrumentos de navegação, painéis ilustrativos, armas de época, livros históricos, peças de tortura usada nos escravos, réplica da Leia Áurea e da pena que a Princesa Isabel assinou a lei, a Caravela Glória (trouxe Vasco Coutinho à Prainha), esculturas de Vasco Coutinho e Luisa Grinalda, canhão dos anos 1700 e o único e último exemplar da frota de bondes que circulou na cidade.

Após as reformas, está previsto para 23 de maio o retorno da visitação pública, dentro dos festejos dos 486 anos de Vila Velha.

“Na Casa da Memória está a nossa história. O conhecimento de onde viemos e o caminho percorrido para o desenvolvimento da nossa região é um patrimônio que devemos sempre preservar”, afirmou o secretário de Turismo, Esporte e Cultura, Paulo Renato Fonseca Junior.

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