ECONOMIA NACIONAL

Preços ao produtor no Brasil registram maior alta acumulada

Com isso, em 2020, os preços da indústria brasileira tiveram alta acumulada de 19,40%.

Em 29/01/2021 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: Pilar Olivares/Reuters

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) subiu 0,41% em dezembro, depois de uma alta de 1,38% no mês anterior.

Os preços ao produtor no Brasil registraram em 2020 a maior alta acumulada da série histórica diante da pressão dos alimentos, mesmo tendo desacelerado o avanço em dezembro, de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) subiu 0,41% em dezembro, depois de uma alta de 1,38% no mês anterior.

Com isso, em 2020, os preços da indústria tiveram alta acumulada de 19,40%, maior patamar da série histórica iniciada em 2014.

O IPP que mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.

De acordo com Alexandre Brandão, gerente do IPP, entre os principais fatores para a alta dos preços no ano está a depreciação do real, o que tem impacto nos setores exportadores.

Setor de alimentos

O principal impacto no ano passado foi exercido pelo setor de alimentos, que teve a maior influência entre todos os setores contribuindo com 7,11 ponto percentual para o índice, após registrar alta acumulada de 30,23% em 2020, também recorde da série.

“Ao longo do ano, houve alguns comportamentos importantes de alguns segmentos como a grande demanda chinesa por carne, o que aumentou o preço do produto no mercado internacional”, explicou Brandão.

Os quatro produtos que mais influenciaram o resultado dos alimentos foram resíduos e derivados de soja, carnes bovinas, óleo de soja e arroz, segundo o IBGE.

“Houve problema de oferta da soja, elevando os preços ao longo de 2020. Além da questão do arroz, com disparada dos preços em meados do ano, devido a escassez de oferta e aumento dos preços internacionais”, completou. (Reuters)