EDUCAÇÃO

Professora cria projeto para ensinar música a alunos do ES.

Iniciativa começou atendendo 40 crianças em 2007.

Em 15/10/2014 Referência JCC

"A maior conquista da minha vida". É assim que a professora Glória Saloto descreve uma ação que vem ajudando a mudar a vida e a educação de muitas crianças no município da Serra, na Grande Vitória. O amor pela música e o dom para ensinar foram ferramentas utilizadas pela profissional para criar o projeto "Sons da Esperança. Atualmente, cerca de 350 crianças participam dessa iniciativa e têm a oportunidade aprender a tocar novos instrumentos gratuitamente.

A ideia surgiu em há sete anos. Glória, que então era professora de Educação Física, relembra que teve dificuldades para poder dar início a esse trabalho, principalmente pela falta de verba. Foi durante uma visita à Secretaria de Educação que as primeiras 40 flautas  chegaram, doados pelo órgão. A partir de então, o projeto começou a tomar forma e atrair diversos participantes.

"Ele foi crescendo as crianças foram procurando, os pais foram procurando vagas, fizemos ações como 'adote um músico' e 'ação entre amigos', rifando bicicletas que nós ganhamos para comprar mais flautas. Depois vieram os violinos, teclados, percussão, violões. Até violoncelos nós recebemos", conta a professora.

E não foram só estudantes que gostaram da iniciativa. Atualmente outros dois professores voluntários também lecionam no projeto. Além disso, alguns dos participantes que integram o 'Sons da Esperança' decidiram utilizar aquilo que aprenderem lá para seguir carreira profissional. "Eu comecei, como todo mundo, na flauta doce. Em 2012 chegaram novos instrumentos, entre eles a flauta transversal, que eu queria pegar. Então a professora começou a me dar aulas extras para tentar o concurso da Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames), e eu passei", contou a estudante Ingrid Gonçalves.

O também estudante Gabriel Alomba, de 15 anos, aprendeu a tocar violino e explicou que a música passou a ser uma possibilidade viável. "Eu estou tendo a oportunidade de aprender, e isso pode influenciar no meu futuro, porque isso já pode ser uma profissão para mim. Eu pretendo seguir nisso, estou vendo que está dando certo", declarou.

Ao ver as mudanças provocadas nas vidas desses jovens, a educadora comemorou os resultados conquistados. "Enquanto professora, esse projeto para mim significa a maior conquista da minha vida . Eu entendo que Deus colocou esse projeto no meu coração e disse: 'execute, os meninos estão aí'. Então eu comecei e posso dizer que é algo que preenche a minha vida, a minha alma, a minha emoção e é o motivo maior de eu estar trabalhando como profissional da educação", explicou.

Leitura
Também foi com muita dedicação e improviso que a professora Telma Berti começou uma trabalho de incentivo à leitura entre crianças do primeiro ano do ensino fundamental. De acordo com ela, muitas criancas chegaram à escola sem saber ler ou escrever, mas essa realidade vem sendo transformada graças aos livros.

"A princípio eu estipulei 8 livros, parte para ser trabalhada em sala e parte para ser levada para casa. Eles tinham que escrever o que mais gostaram, ilustrar, identificar nome do livro, autor e assunto, colocando a família junto com a escola. Eles foram se empolgando e eu passei para 12 livros, todos com questões do meio ambiente. Quando terminou, as criancas queriam mais, houve essa cobrança. Hoje nós estamos com 17 livros", contou.

De acordo com ela, esse envolvimento é resultado do conjunto das atividades realizadas em sala de aula com a escolha dos livros que tratem assuntos que interessem aos 'pequenos' leitores. " É o amor, essa paixão pela leitura. Eu tenho ess apaixão e a gente acaba passando isso para o aluno", relatou.

Segundo Telma, a ideia é que os participantes possam ter uma fromação cidadã mais completa. "É uma forma diderente de alfabetizar, de um forma que houve insteresse. Porque eu acho que o nosso compromisso, hoje, formar pessoas capazes derefletir , de não simplesmente acatar as informações do jeito que elas vêm, de formar crianças críticas e não repetidoras", concluiu.

Fonte: G1es