ECONOMIA NACIONAL

Sartori espera diálogo para superar crise nas finanças do Rio Grande do Sul

O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, deixou o Ministério da Fazenda em Brasília sem uma solução para o bloqueio das contas.

Em 12/08/2015 Referência JCC

O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, deixou o Ministério da Fazenda em Brasília sem uma solução para o bloqueio das contas do estado pela União. Sartori foi recebido pelo secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, mas não conseguiu se encontrar com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Para Sartori, a obrigação do governo estadual é buscar o diálogo com o governo. “Esperamos compreensão e uma solidariedade ativa em relação às finanças do Rio Grande do Sul”, disse.

Dando cumprimento à lei, o governo federal determinou o bloqueio das contas em razão do não pagamento, pelo estado, da parcela da dívida com a União referente ao mês de julho. Enfrentando dificuldades financeiras, o governo do Rio Grande do Sul decidiu pagar os salários atrasados dos servidores. Em compensação, suspendeu as obrigações com a União.

Sartori disse que a atitude adotada pelo Rio Grande do Sul não constitui confronto com o governo federal. Ele evitou também apontar culpados pela dívida do estado. “Ninguém passou calote nenhum: apenas não cumprimos uma parte [do acordo com a União].”

“Quanto ao futuro, eu devo dizer com toda a tranquilidade do mundo: 'por enquanto, os servidores foram pagos'”, acrescentou.

Segundo Sartori, assim como o governo federal vem realizando um ajuste fiscal, o estado do Rio Grande do Sul também tem cumprido metas e ações com a finalidade de viabilizar as condições para que estado melhore financeiramente. “Evidentemente, vamos estudar qual a melhor maneira e a melhor solução. Não é uma situação momentânea. Ela vai se prolongar em outras ocasiões”, afirmou.

De acordo com o governador do Ceará, Camilo Santana, que também esteve no Ministério da Fazenda, o ano de 2015 é complexo em razão do ajuste fiscal.  Ele afirmou, porém, que  os estados não podem ser prejudicados porque um determinado “ente federativo não fez o dever de casa ou não cumpriu com o dever fiscal”.

No Ministério da Fazenda, Camilo Santana tratou da liberação de créditos oriundos de organismos internacionais, entre eles o Banco Interamericano de Desenvolvimento, para obras que estão em andamento no estado, como nas áreas de saúde e de estradas.

Fonte:EBC