CIÊNCIA & TECNOLOGIA

SES aposta em nova geração de satélites para ampliar mercado

Parque de antenas da nova geração de satélites O3b mPOWER, em Betzdorf, em Luxemburgo.

Em 20/06/2023 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: Eduardo Vasconcelos/TeleSíntese

A companhia com sede em Luxemburgo se prepara para lançar comercialmente serviço de banda larga da constelação O3b mPOWER; expectativa é de aumentar consideravelmente a base de clientes B2B em todo o mundo e habilitar novas tecnologias.

Às vésperas de lançar comercialmente um novo serviço de conectividade via satélite, a SES tem a expectativa de ampliar consideravelmente o seu mercado consumidor em todo o mundo, além de habilitar a implementação de tecnologias de ponta, como redes privativas 5G, gêmeos digitais, Internet das Coisas (IoT) e aplicações para comunicação em grupo em missões críticas.

Em breve, a empresa deve lançar ao espaço mais dois satélites da constelação O3b mPOWER, cujos quatro primeiros já trafegam pela órbita terrestre média (MEO). Com seis equipamentos, a operadora B2B já será capaz de prover globalmente o serviço de banda larga, previsto para o terceiro trimestre deste ano. A constelação terá, ao todo, 11 satélites.

Segundo Michael Dalheimer, gerente sênior de Operações de Naves Espaciais da SES, a O3b mPOWER, segunda geração de satélites MEO da companhia, aumentará significativamente o mercado disponível da empresa.

“No serviço MEO clássico, podemos cobrir áreas com até dez clientes [corporativos] diferentes. Mas, com o novo mPOWER, teremos capacidade para prover serviços para até 3 mil clientes em cada região”, afirmou Dalheimer, em encontro com jornalistas, na sede da SES, em Betzdorf, em Luxemburgo, na última quinta-feira (15).

Além disso, o executivo destacou que a empresa desenvolveu um sistema capaz de fazer com que os satélites da nova constelação se movam com mais rapidez e cubram eventuais espaços deixados uns pelos outros, de modo a evitar áreas sem cobertura.

“A situação mais desafiadora é que os clientes também estão em movimento”, apontou Dalheimer.

O gerente sênior da SES ainda disse que, do ponto de vista operacional, a companhia dividiu a equipe de monitoramento dos satélites em times de  geoestacionários (GEO) e de órbita média terrestre (MEO). 

Terrestre

Uma das apostas da SES para a nova geração de satélites é a possibilidade de implementar redes privativas 5G em quase todos os cantos do planeta por meio da instalação de poucos equipamentos.

“Uma das melhores coisas é que a mPOWER permite que o consumidor tenha a sua própria rede privada 5G. Não há intermediários envolvidos, é uma completa rede privada baseada em satélite. Isso é uma capacidade muito poderosa para operadoras, grandes empresas e governos”, acrescentou.

De acordo com Wehbe, a companhia já fez testes nas Ilhas Cook, um arquipélago no Pacífico Sul a 2,7 mil km de distância da Nova Zelândia. 

Apesar dos prometidos avanços da mPOWER, a SES indica que manterá em funcionamento a sua primeira geração de satélites MEO, a constelação O3b. No entanto, a companhia tem se debruçado sobre um programa de atualização de suas infraestruturas terrestres, de modo que todas sejam compatíveis com o novo serviço de banda larga.

Nova constelação

Construídos pela Boeing e lançados ao espaço pela SpaceX, os satélites da constelação O3b mPOWER operarão a 8 mil km da superfície da Terra. Segundo a SES, o sistema alcançará 96% da população global, com capacidade dinâmica para fornecer de dezenas de Mbps até múltiplos Gbps por feixe satelital.

O foco da empresa são clientes corporativos, como cruzeiros, companhias aéreas, operadoras de rede móvel, provedores de nuvem, petroleiras, mineradoras e forças armadas.

No encontro com a imprensa, técnicos da operadora fizeram demonstrações do potencial da nova constelação, incluindo gêmeos digitais de embarcações e plataformas de petróleo; uma rede 5G standalone disponível em uma mala de viagem; uma solução de comunicação para ambientes críticos (push-to-talk); e uma solução de machine vision, por meio da qual equipamentos autônomos podem identificar situações inadequadas em ambientes monitorados. (Por Eduardo Vasconcelos/TeleSíntese)

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