MEIO AMBIENTE

Sesa cria Comitê de Emergência contra óleo no litoral do ES

O COE tem o objetivo preparar ações para a possível chegada do óleo no Espírito Santo.

Em 09/11/2019 Referência JCC, Syria Luppi

Foto: Sesa/Divulgação

Diante da preocupação com a possibilidade de chegada das manchas de óleo ao litoral do Espírito Santo, a Secretaria da Saúde (Sesa) criou o Comitê Operativo de Emergência (COE), que tem como objetivo preparar ações preventivas e mitigadoras para a possível chegada do óleo que atingiu o litoral do nordeste, no Espírito Santo.

O Comitê é formado por setores específicos da Gerência de Vigilância em Saúde (GEVS) como Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), o Núcleo Especial de Vigilância Ambiental (NEVA), Vigilância da Saúde do Trabalhador e Centro de Atendimento Toxicológico do Espírito Santo (Toxcen), além da assistência do setor de Urgência e Emergência.

Na Sesa, a coordenação do COE é de Gilton Almada, coordenador do CIEVS. Já a coordenação geral do COE é realizado pela Marinha do Brasil, Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) e Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do Espírito Santo (CEPDEC).

De acordo com Almada, a criação desse comitê tem como objetivo principal organizar as ações do SUS em situação de desastre. Mas, destacou, não há situação de desastre no Espírito Santo e sim uma situação em potencial. “Esse comitê organiza quais as competências das áreas da Saúde, e também quais questões são de responsabilidade do Estado e quais são dos municípios”, disse.

Ele disse ainda que uma das medidas de precaução é sensibilizar e orientar a população sobre os riscos à saúde de exposição aos resíduos do petróleo cru. “Foi elaborada uma nota técnica orientando os profissionais de saúde sobre como atender as pessoas que tiverem contato com o óleo e também os cuidados de proteção individual que devem ser adotados por esses profissionais”, explicou.

Almada afirmou ainda que o Espírito Santo já está preparado com aproximadamente 400 profissionais capacitados da Defesa Civil, Marinha e Exército para a realização do recolhimento desse material caso seja necessário. Ele destaca que não será necessário a ajuda voluntária da população, para evitar que haja casos de intoxicação por inalação, contato com a pele ou ingestão. “Orientamos a população a não entrar em contato com o óleo. O Espírito Santo tem cerca de 400 profissionais capacitados para fazer o recolhimento desse material nas praias, por isso não há necessidade de voluntários”, destacou.

Nesta quinta-feira (07), o Colegiado de Secretários Municipais do Espírito Santo (COSEMS/ES) realizou, no auditório da Escola Técnica do Sistema Único de Saúde (ETSUS), em Vitória, sua 7ª Assembleia Geral Ordinária. Entre outros assuntos da pauta, o grupo debateu o derramamento de óleo no litoral brasileiro. Participaram da reunião gestores municipais, apoiadores, representantes das câmaras técnicas e da Secretaria da Saúde (Sesa), incluindo o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes.

Recomendações à população:

- Não entrar em contato direto com a substância (petróleo), especialmente crianças e gestantes;

- Evitar contato com a água e o solo nas regiões atingidas;

- Seguir as orientações dos órgãos de meio ambiente sobre atividades recreacionais e de pesca nas regiões afetadas;

- Em caso de exposição ou aparecimento de sintomas, contatar o Toxcen pelo telefone 0800-2839904, e procurar atendimento médico. O atendimento é 24 horas.

- Seguir as orientações da Vigilância Sanitária para consumo de peixes e frutos do mar nas regiões afetadas.

Recomendações aos profissionais de saúde:

Aos profissionais de saúde recomenda-se atenção aos sinais e sintomas característicos de intoxicação aguda. Ressalta-se que os casos suspeitos e confirmados (em trabalhadores) de intoxicação exógena devem ser notificados na respectiva ficha do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN).

Em caso de dúvidas, recomenda-se consultar o documento “Instruções para preenchimento da Ficha de Investigação de Intoxicação Exógena no Sinan”, e consultar o Toxcen.