SAÚDE

Setembro Verde alerta para os riscos do câncer de intestino

Obesidade, cigarro, bebida alcoólica e carne vermelha são fatores que aumentam incidência.

Em 02/09/2021 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: Reprodução/iGastro Procto

A incidência de câncer colorretal aumenta com a idade, sendo mais comum após os 50 anos.

Comer carne vermelha e alimentos gordurosos em demasia, excesso de peso e tabagismo são fatores de risco que potencializam os riscos de incidência do câncer de intestino, que atinge as regiões do cólon e do reto. Por ano, são quase 41 mil novos casos registrados no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

“Estar acima do peso aumenta o risco de câncer colorretal, principalmente nos homens. Pessoas com diabetes tipo 2 também têm um risco maior, assim como os fumantes, que são mais propensos a desenvolver e a morrer de câncer colorretal do que aqueles que não fumam”, explica o médico radioterapeuta Nivaldo Kiister, do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV).

O consumo de álcool também é um fator de risco de surgimento deste tipo de tumor.

Segundo Nivaldo Kiister, a incidência de câncer colorretal aumenta com a idade, sendo mais comum após os 50 anos.

Ter um histórico de surgimento de pólipos é motivo para um acompanhamento mais detalhado, pois há sim risco de câncer colorretal. Pessoas que apresentam doença inflamatória intestinal, como colite ulcerativa e doença de Crohn, também podem desenvolver este tipo de tumor.

A etnia também influi. Nivaldo Kiister explica que os negros têm uma maior incidência de câncer colorretal, mas as razões para isso ainda não são bem compreendidas. No ano passado, um tumor de cólon matou o ator Chadwick Boseman, astro do filme “Pantera Negra”, da Marvel. Ele tinha 43 anos.

“Na maioria dos casos, o câncer colorretal tem tratamento e pode ser curado se for diagnosticado de forma precoce, quando ainda não se espalhou para outros órgãos (metástase). A maior parte destes tumores se origina de pólipos, que são lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso”, explica o especialista.

Rastreamento

O câncer colorretal é um dos poucos que pode ser rastreado, através do exame chamado colonoscopia. Quando diagnosticado em estágio inicial, a taxa de cura do tumor supera os 95%.

“Esse exame é indicado tanto para rastreio em quem não tem histórico familiar quanto para quem tem. Todos deveriam se submeter a ele em algum momento da vida, pois ajuda a diagnosticar lesões em estágio inicial, aumentando as chances de cura do tratamento”, afirma o médico.

Sintomas

Dentre os sintomas da doença estão: diarreia ou constipação, sensação de que o intestino não foi completamente esvaziado, sangue nas fezes, cólica abdominal e sensação de inchaço, cansaço, fadiga e perda de peso sem um motivo específico.

Reforçando a campanha Setembro Verde, criada para a conscientização sobre a prevenção do câncer de intestino, Nivaldo Kiister aponta algumas atitudes que podem evitar a doença.

“O ideal é não consumir alimentos gordurosos e ultraprocessados em excesso, como salsicha, presunto, bacon e salaminho. Fazer atividade física também é importante para manter o peso, além de não beber, nem fumar”, destaca o médico.

Tratamento

O tumor colorretal ocorre em duas partes: na região do cólon, que é a mais alta do intestino; e no reto, que é a inferior. O tratamento pode envolver cirurgia, quimioterapia e radioterapia.

“Na grande maioria dos casos, o tumor de reto é tratado com radioterapia. Pode ser com finalidade curativa, desobstrutiva ou hemostática (para parar um sangramento). Câncer de cólon, que fica numa região mais alta, no geral não é tratado com radioterapia de forma curativa. Apenas cirurgia e/ou quimioterapia”, explica o especialista, que completou:

“A radioterapia é guardada para tratamentos muito sintomáticos dessa região ou metastáticos. Assim sendo, tumor de reto ou de cólon que possui metástase em outras regiões pode se beneficiar, a depender da indicação, com uso de radioterapia”. (Vera Caser - AsImp) 

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