SAÚDE

Surto de sarampo no Norte do país acende sinal de alerta

Alerta: A covid pode estar ofuscando a importância de se vacinar contra outras doenças.

Em 18/05/2021 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: Remains/CLAUDIA

A presença de uma pandemia não pode ser motivo para que a população deixe de tomar as vacinas ou levar suas crianças para serem vacinas.

O Estado do Amapá, no Norte do país, vive um surto do sarampo ao superar, num período de quatro meses e meio, todos os casos da doença registrados ao longo de 2020. Até o dia 11 deste mês, foram registrados por lá casos de 320 pessoas com sarampo, diante de 297 entre janeiro e dezembro do ano passado. Dois bebês perderam a vida pela doença. A notícia provoca um alerta nos demais estados, tendo em vista que a covid pode estar ofuscando a importância de se vacinar contra outras doenças.

No entanto, a presença de uma pandemia não pode ser motivo para que a população deixe de tomar as vacinas ou levar suas crianças para serem vacinas, aponta a infectologista e pediatra da Unimed Vitória, Euzanete Coser.

“Manter as vacinas em dia para adultos e crianças é importante principalmente para que as doenças que, sabidamente podem ser protegidas por vacinas, não retornem”, reforça.

A especialista avalia que se a cobertura vacinal da população baixar, voltarão a ocorrer casos de doenças como poliomielite, sarampo e coqueluche, por exemplo.

“Sem a imunização aumenta o aparecimento de doenças que, graças às vacinas, protegeram as pessoas e reduziram a mortalidade por tanto tempo”.

Oferecida pelo SUS, a vacina de sarampo é uma das imunizações oferecidas pela tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola). Normalmente, as crianças são imunizadas com um ano de idade, e têm um reforço com um ano e três meses.

“Quando há surto ou contato com o sarampo é feita uma dose extra. Um adulto não vacinado ou que não tenha carteira de vacinação tem que tomar duas doses, com intervalo de um a três meses. Os adultos podem tomar a vacina em qualquer momento da vida, geralmente até os 60 anos de idade. Após 60 anos, a indicação de vacina é avaliada individualmente”, analisa Euzanete.

Risco de surto

A expansão do surto de sarampo pode alcançar o país por tratar-se de uma doença muito transmissível. “Os sintomas são febre alta, queda do estado geral, conjuntivite, uma manchinha na boca chamada sinal de Koplik [pequenos pontos brancos que possuem um halo avermelhado], além das manchas pelo corpo”, detalha a médica. 

O sarampo complica quando junto a uma pneumonia, e geralmente provoca febre muito alta.

“O risco de mortalidade é alto. Estamos com medo do Covid, mas a mortalidade do Covid nem é tão alta quanto a mortalidade do sarampo. A gente tem que estar protegido, com a vacina em dia. Vale lembrar que a vacina é para criança, adolescente, adulto, idoso e gestante”. (Por Marcella Andrade)

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