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Ter um cachorro em casa faz bem à saúde, diz veterinário

Qualquer pessoa pode se beneficiar ao fornecer amor e conforto aos cães.

Em 16/12/2017 Referência JCC - G1

Não é à toa que dizem: o cachorro é o melhor amigo do homem. Ao permitir que um animal de estimação viva na sua casa, as pessoas imaginam que estão ajudando-o a ter mais saúde, bem-estar e carinho. Mas o que ninguém imagina, explica o médico veterinário Cauê Toscano, é que esse pet também pode ajudar os donos a garantirem a própria saúde.

Qualquer pessoa pode se beneficiar ao fornecer amor e conforto aos cães, independente da idade e das limitações. No caso das crianças, os animais auxiliam no desenvolvimento de competências e habilidades. Para os idosos, funcionam como uma boa companhia. Já para os portadores de necessidades especiais, o cão pode ser um facilitador do processo terapêutico.

De acordo com o especialista, diversas pesquisas já demonstraram que pessoas que têm animais de estimação e, principalmente, passam bons momentos com eles são mais saudáveis. Muitas pessoas já sentiram os impactos positivos provocados pelo melhor amigo do homem em sua saúde. Confira alguns exemplos:

  1. Mais tranquilidade
    Os níveis de cortisol, considerado o hormônio do estresse, são reduzidos em pessoas que possuem cães. Ao fazer carinho no pet, a pressão diminui e o corpo libera hormônios relaxantes, como a serotonina e a dopamina, neutralizando o estresse. Além disso, esses momentos íntimos são extremamente importantes para o pet, deixando-o mais calmo e relaxado.
  2. Redução da pressão arterial
    O bem-estar proporcionado pela interação com o cão reduz os níveis de adrenalina, hormônio relacionado ao aumento da pressão arterial, e libera acetilcolina. Esse neurotransmissor é responsável pela tranquilidade e consequente diminuição da pressão arterial, além da frequência cardíaca e respiratória.
  3. Proteção contra alergias
    A exposição ao cão fortalece o sistema imunológico e aumenta a sensação de relaxamento, elevando os níveis de imunoglobulina A, um anticorpo presente nas mucosas que evita a proliferação de vírus ou bactérias e é de grande importância na prevenção de alergias.
  4. Sem obesidade e sedentarismo
    Ter um animal de estimação ativo como os cães faz com que os donos se movimentem muito mais, pois, para o bem-estar canino, ele precisa de passeios diários na rua, em praças ou em parques. O dono acaba caminhando pelo menos 30 minutos a mais diariamente do que quem não passeia com o pet. Além disso, essa atividade leve pode ser um primeiro passo em direção a uma rotina de exercícios físicos regulares.
  5. Depressão
    Com os pets, é possível estabelecer uma relação que vai além de carinho e inclui compreensão, apoio e segurança. Tudo isso favorece o aumento da autoestima, fazendo com que o dono se sinta mais importante, interessado no outro e confiante em suas próprias capacidades, que são sentimentos ausentes em pessoas que sofrem com a depressão.
  6. Menos chances de ataque cardíaco
    O cão pode trazer benefícios ao coração. Como a pessoa terá que caminhar mais, ficará menos estressada e a pressão sanguínea e o colesterol ruim diminuirão, reduzindo as chances de um ataque do coração. Além disso, pessoas que sobreviveram a ataques cardíacos ou que têm problemas no coração vivem mais tempo do que pessoas com os mesmos problemas que não possuem animais de estimação.
  7. Mais socialização
    Por ser um animal que adora o convívio com outros, o cão naturalmente oferece um estímulo para a pessoa socializar com as pessoas no bairro, condomínios, parques ou em qualquer outro lugar. Conversas sobre animais de estimação são muito populares e estimulam a aproximação entre pessoas, até mesmo entre os mais tímidos.
  8. Diminuição da solidão
    Seja pela companhia sempre presente do cão ou pelo estímulo a uma maior interação, a sensação de solidão tende a diminuir a partir da convivência com o pet e com os novos hábitos adquiridos para garantir o seu bem-estar. É por isso que os cães são ótimas companhias para idosos que moram sozinhos e para crianças cujos pais ficam fora a maior parte do tempo

Foto: G1/Divulgação)