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Veterinário explica os riscos e como evitar pneumonia em gatos

Especialistas ressaltam que é preciso ficar atento às mudanças de hábitos dos bichanos.

Em 16/12/2017 Referência JCC - G1/Sorocaba e Jundiaí

Assim como os humanos podem desenvolver pneumonia por causa de uma gripe não tratada corretamente ou por imunidade baixa, nos gatos não é diferente.

Especialistas ressaltam que é preciso ficar atento às mudanças de hábitos dos bichanos para que a doença não passe despercebida, pois, quando não tratada rapidamente, as chances de recuperação diminuem, principalmente em filhotes, em animais de idade avançada ou em portadores de imunodeficiência felina (semelhante à AIDS humana).

A pneumonia bacteriana felina geralmente é uma consequência de infecções causadas por vírus, como os da rinotraqueíte, calicivirose ou imunodeficiência. Se não tratada, a infecção nos pulmões dos felinos pode levar a óbito em poucos dias.

“Os gatos conseguem esconder bem quando estão doentes, então muitos tutores não percebem a doença ou só notam quando já é tarde demais”, explica o médico veterinário Alexandre Merlo.

A rinotraqueíte lembra uma gripe, e é causada pelo herpesvírus. O animal pode se infectar por meio do contato direto com secreções do nariz ou dos olhos de um animal doente, ou também por partículas eliminadas na tosse ou espirros.

Sintomas

Os principais sintomas da rinotraqueíte são secreção nasal e ocular, espirros, febre, tosse, tristeza e falta de apetite. Nos casos mais graves, pode haver pneumonia bacteriana secundária.

Já a imunodeficiência, por causar depressão do sistema imunológico, pode enfraquecer os gatos, o que aumenta as suas chances de contrair doenças pulmonares.

O animal com pneumonia apresenta cansaço, tosse, perda de peso, secreção nasal e respiração ofegante. Os sintomas podem ser muito parecidos com os da rinotraqueíte, mas em geral são mais intensos e perigosos. Por isso, é importante prestar atenção em qualquer mudança de comportamento do seu animal.

“Preste atenção se ele está comendo normalmente, se está dormindo mais que o normal, se a respiração mudou e se há tosse, que muitas vezes é confundida com um engasgo ou vômito”, orienta o médico veterinário.

Prevenção e tratamento

Existem vacinas para prevenir doenças e assim reduzir as chances de pneumonia felina. As doses protegem os bichanos de diversos males que compõem o chamado complexo respiratório felino, como a rinotraqueíte, a calicivirose, além da panleucopenia, que é uma doença gastrointestinal.

“Protegido contra essas doenças, as chances de o gato desenvolver uma pneumonia caem drasticamente, por isso recomendamos a prevenção por meio de vacinas”, explica Alexandre.

Além disso, as vacinas também protegem contra a clamidiose, uma doença viral que afeta principalmente os olhos, e pode levar à conjuntivite.

Caso o gato já tenha desenvolvido o problema, alguns antibióticos podem ajudar o bichano a se recuperar.

“Ao perceber qualquer alteração no comportamento do seu animal de estimação, consulte sempre o seu médico veterinário”, finaliza o especialista.

(Foto: Zoetis/Divulgação)