Com o auxílio do professor Israel Scardua, Pedro Lucas, de 10 anos, pôde experimentar a criação de jogos com o tema de preservação do meio ambiente.

Já pensou em produzir um jogo digital que, além de divertir, ensina a preservar o meio ambiente por meio da coleta seletiva? E fazer uma horta utilizando terra e cascas de frutas no seu próprio quintal?

Uma parceria da Secretaria Municipal de Educação (Seme) com a Secretaria de Meio Ambiente (Semmam), elaborada coletivamente com a equipe do Programa de Educação Ambiental do Parque Botânico da Vale, possibilitou essas conquistas a dois estudantes da rede municipal de Vitória.

Após conhecer a importância da educação ambiental, Pedro Lucas, de 10 anos, aluno da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Álvaro de Castro Mattos, em Jardim da Penha, teve a iniciativa de criar um projeto de produção de jogos. Com o auxílio do professor Israel Scardua, ele pôde experimentar a criação de jogos com o tema de preservação do meio ambiente.

"Todo início de ano letivo, nós, professores especialistas em altas habilidades, entrevistamos o estudante para saber dele que habilidade deseja desenvolver e que projeto tem em mente. Pedro Lucas não titubeou: escolheu a produção de jogos. Ele já desenvolvia no ano anterior com outra professora esse projeto", destacou o professor.

"Foi muito legal poder realizar o meu próprio projeto de produção de jogos. Eu tenho aprendido muito nessa área de programação. O professor Israel também tem me ajudado com algumas dicas do que eu posso botar nos meus jogos", celebrou o estudante.

Composteira

O estudante Moyses Lucas, de 13 anos, aluno da Emef Maria José Costa Moraes, em São José, teve a iniciativa de criar uma composteira no quintal de casa. O trabalho foi coordenado pela professora de educação básica e altas habilidades, Sandra Costa.

"Esse projeto, além do aluno adquirir conhecimentos científicos, o ajuda a se tornar um cidadão crítico, com um conhecimento de mundo acerca do ambiente e da natureza", destacou.

Com o auxílio da professora e de seus familiares, Moyses criou uma horta utilizando terra, verduras e cascas de fruta.

"Esse projeto foi muito legal, pois me ensinou a respeitar ainda mais a natureza, a reutilizar coisas que a gente jogava no lixo", destacou.

Educação ambiental

Proporcionar aos alunos um ambiente educativo inovador e que potencialize a criatividade, estimule o empreendedorismo e o desenvolvimento de novas ideias é uma das diretrizes da Seme.

A iniciativa envolvendo educação ambiental, neste primeiro momento, é voltada para estudantes da rede municipal que apresentam indícios de altas habilidades/superdotação. Foram realizados encontros virtuais que aproximaram alunos e professores de nove unidades de ensino com os educadores ambientais do Parque Botânico da Vale.

Utilizando uma sala virtual da plataforma Google Meet, o encontro proporcionou a realização de diversas atividades com muita diversão e conhecimento sobre conteúdos como resíduos, água, biodiversidade e energia. Os alunos puderam aprender e praticar atividades desses temas através de jogos digitais, músicas e vídeos.

"A comissão de Educação Ambiental da Seme, a partir de um plano de ação e das demandas das unidades de ensino, implementa políticas que incorporam a dimensão ambiental e planeja, articula e desenvolve os temas socioambientais em todas as etapas e modalidades da educação básica de maneira integrada, processual e permanente", destacou Mariana Lima Gonçalves, coordenadora da Comissão de Educação Ambiental da Seme.

Educação Especial

Acompanhados de perto pela equipe da Coordenação de Educação Especial, os alunos de altas habilidades/superdotação realizam atividades de enriquecimento curricular no contraturno.

Além do projeto de educação ambiental, eles trabalham vários temas e produzem desenhos, jogos, animações e diversas atividades que são sugeridas pelos próprios alunos. Após muita dedicação e estudo, eles desenvolvem as ideias com os professores orientadores de altas habilidades/superdotação.

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