MEIO AMBIENTE

Vitória ganha 200 mil mudas de espécies da Mata Atlântica

Cidade de Vitória ganhou uma importante ação para a recuperação de áreas degradadas

Em 22/09/2023 Referência CCNEWS, Redação Multimídia

Foto: Leonardo Duarte/PMV

O programa prevê intervenções em 41 áreas do município, que somam 90,66 hectares (equivalente a 90 campos de futebol), por meio da introdução de mudas de espécies florestais nativas do bioma Mata Atlântica.

Quinta-feira, 21 de setembro, Dia da Árvore. Nesta data tão significativa, a cidade de Vitória ganhou uma importante ação para a recuperação de áreas degradadas e de recuperação vegetal de suas matas. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) promoveu o lançamento do Programa de Ampliação da Cobertura Florestal da Mata Atlântica da capital com o plantio de mais de 200 mil mudas de espécies nativas.

O programa prevê intervenções em 41 áreas do município, que somam 90,66 hectares (equivalente a 90 campos de futebol), por meio da introdução de mudas de espécies florestais nativas do bioma Mata Atlântica. Entre estes locais, ressaltam-se as unidades de conservação, áreas de risco e as Áreas Verdes Especiais (AVE).

>> Cariacica: Dia da Árvore será celebrado com plantio de mudas

O evento de lançamento do programa foi realizado na Sede da Prefeitura de Vitória, em Bento Ferreira, e contou com a presença do prefeito Lorenzo Pazolini, do secretário municipal de Meio Ambiente, Tarcísio Föeger, de parlamentares, de servidores e da sociedade civil organizada, além de organismos não governamentais.

Pazolini destacou que, nesta data tão significativa, que representa muito para todos, os moradores da capital são privilegiados de viver numa cidade que tem uma natureza exuberante.

"O que aumenta nossa responsabilidade de cuidar bem", afirmou, lembrando que o que está sendo feito neste dia é reafirmar o compromisso que foi estabelecido no início de 2021.

"Reforçamos nossa crença na pauta ambiental e construir uma política pública sólida, que tem início, meio e fim. Hoje, estamos levando 200 mil árvores para o Espírito Santo, para a sociedade, pois estamos numa área metropolitana. Isso repercute em todos os segmentos. Juntos, aqui, mostramos que é possível se desenvolver, investir, gerar renda, emprego e oportunidades na vida das pessoas, com o meio ambiental natural preservado, sustentável e que seja pensado para o futuro", ressaltou.

"Este programa é inédito e consiste na execução de técnicas de implantação e manejo florestal para formação de novas florestas, além de favorecer o equilíbrio biológico e ampliar a biodiversidade em áreas em processo de recuperação", destacou o secretário Tarcísio Föeger.

Ele ressaltou que, além dos consagrados benefícios ambientais, paisagísticos e climáticos, as florestas também exercem outras importantes funções para as áreas urbanas.

O secretário destacou que elas ajudam, especialmente, na contenção da ocupação desordenada sobre áreas de risco geológico, na redução da erosão do solo e seus consequentes agravamentos, como os deslizamentos de encostas e o carreamento de solo que obstrui as redes de drenagem urbana.

"É bastante gratificante ver um projeto dessa magnitude e que vai proteger as florestas, principalmente a Mata Atlântica, e que soma esforços com que a gente vem executando", enfatizou o coordenador operacional do Instituto Caiman/Instituo Marcos Daniel, Gabriel Dias.

O representante da ONG SOS Mata Atlântica no Espírito Santo, Sandro Firmino, disse que, mais uma vez, a Prefeitura de Vitória sai na frente. "Hoje, a pauta mundial é a emergência climática. E a gente plantando árvore, está plantando vida e possibilitando o equilíbrio do clima. Além disso, as árvores têm a função de proteger as nascentes. Além disso, sabemos que o meio ambiente está associado ao social. E nesse, sentido, a capital está fazendo a sua parte", diz.

Implementação

Serão implantadas diferentes técnicas florestais, específicas para três diferentes tipologias de áreas classificadas, de acordo com a situação atual da cobertura do solo. As áreas classificadas na tipologia 1 somam 32,25 hectares de áreas degradadas desprovidas de cobertura florestal, as quais serão integralmente reflorestadas.

As áreas da tipologia 2 somam 28,26 hectares com cobertura de Mata Atlântica em estágio inicial de regeneração, porém invadidas por cipós e espécies exóticas que retardam o desenvolvimento da floresta.

As áreas da tipologia 3 possuem cobertura remanescente de antigos reflorestamentos da década de 1990, mas que foram implantados com espécies exóticas de alto potencial invasor, onde as espécies nativas não conseguem se estabelecer.

Programa

O Programa de Ampliação da Cobertura Florestal da Mata Atlântica é fruto de parceria entre a Prefeitura de Vitória e o Banco Interamericano de Desenvolvimento e está sendo viabilizado através do Contrato de Empréstimo nº 4617/OC-BR. O período previsto para implantação é de 36 meses. (Secom/PMV)

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