ECONOMIA NACIONAL

CNC aponta melhorias no mercado de trabalho e consumo

A economista da CNC responsável pela pesquisa disse que indicadores tiveram crescimento.

Em 21/06/2021 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: © Tânia Rêgo/Agência Brasil

De acordo com a CNC, apesar do aumento, esse foi o menor nível desde agosto de 2020 (66,2 pontos) e o pior junho da série histórica iniciada em 2010.

O indicador Intenção de Consumo das Famílias (ICF), divulgado hoje (21) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), ficou em 67,5 pontos, revelando alta de 2,1% em junho, considerando o ajuste sazonal. De acordo com a CNC, apesar do aumento, esse foi o menor nível desde agosto de 2020 (66,2 pontos) e o pior junho da série histórica iniciada em 2010. Em comparação a junho do ano passado, o ICF baixou 2,6%.

A economista da CNC responsável pela pesquisa, Catarina Carneiro da Silva, disse a Agência Brasil que todos os indicadores tiveram crescimento.

“Todos eles colaboraram de alguma forma”. Apontou que as famílias registraram expectativas positivas sobre o mercado de trabalho tanto no curto quanto no longo prazo, o que permitiu a retomada no consumo. O ICF de junho repetiu o número obtido em maio, mas teve uma melhora em função do ajuste sazonal, explicou a economista. Catarina chamou a atenção para a parte do emprego, que foi o maior indicador do mês. “Tanto o emprego atual, como em perspectiva profissional tiveram aumento”.

Segundo ela, isso tem a ver com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) que estão vindo positivos nos últimos meses. “ Isso está animando os consumidores e a renda atual também, que teve crescimento com o auxílio emergencial, que está sendo disponibilizado e está amenizando as dificuldades das famílias, incentivando o consumo”.

Retomada

O indicador de renda atual cresceu 1,5% no mês, mesmo atingindo seu menor nível histórico (74,2 pontos). Por outro lado, o indicador de perspectiva de consumo (64,3 pontos), que apresentou o maior avanço em junho (+6,5%), teve redução na percepção de menor expectativa de compra (56,9 pontos). Enquanto isso, o indicador de emprego atual permaneceu como o maior índice do mês (86,4 pontos), seguido por perspectiva profissional, com 76,3 pontos.

Para que haja uma retomada do consumo, Catarina Carneiro da Silva afirmou que a população precisa estar totalmente vacinada.

“Para reativar totalmente o consumo, as pessoas que estão inseguras para sair precisam estar vacinadas e precisam estar seguras também em relação à economia, ter seu emprego e seu salário normalizado. Só com vacinação que tudo vai se normalizar e as pessoas vão poder consumir tanto quanto gostariam”, sinalizou.

Renda piorou

De acordo com a pesquisa da CNC, do total de 18 mil famílias consultadas, a maioria dos entrevistados (43,2%) apontou que a renda de sua família piorou em relação ao ano passado, contra 42,9% no mês anterior e 37,9% em junho de 2020. No entanto, com o ajuste de sazonalidade, o índice apresentou crescimento de 1,5%. A maior parte dos entrevistados (35,5%) respondeu que se sente tão segura com seu emprego quanto no ano passado, maior percentual da série histórica e uma proporção acima do mês anterior (34,3%) e do que em junho passado (31,3%). Ao contrário de maio passado, quando o item havia sido destaque negativo, em junho o tema voltou a ser o maior marco do mês.

Catarina lembrou que a pandemia começou no Brasil em março de 2020 e, em junho, o país já estava com problemas no mercado de trabalho. “Então, é uma melhora mas, de qualquer maneira, bom mesmo seria quando chegasse na parte mais segura”. Disse que, em fevereiro, a maior parte das famílias se sentia insegura. De março em diante, essa parcela passou a se tornar mais segura e maioria.

“Ou seja, a gente já está melhorando. Desde então essa parcela vem melhorando e se sobressaindo. O mercado de trabalho está se fortalecendo e puxando o consumo”. (Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil)

Leia também:

Com inflação, Copom eleva a taxa de juros Selic para 4,25%
Agronegócio puxa emprego em obras civis e no comércio
Dia dos Namorados deve movimentar R$ 1,8 bilhão em vendas
Conab prevê queda no preço do feijão com entrada da safra
Brasil precisa de uma reforma tributária ampla e urgente, diz CNI
OCDE mantém projeção de crescimento do PIB do Brasil
> Investimento em infraestrutura para vencer o desemprego
> Aneel: Conta de luz terá bandeira vermelha 2 no mês de junho
Brasil registra 14,8 milhões de desempregados, diz IBGE
Confiança da indústria no Brasil mostra recuperação em maio
Maior produtor de café, Brasil possui 12 indicações geográficas
Estoques da indústria voltam a ficar próximos do planejado
Brasileiros já pagaram R$ 1 trilhão em impostos este ano
Caixa paga hoje auxílio emergencial a nascidos em março
Demora na liberação de crédito aumenta a inadimplência
Trabalhadores nascidos em outubro podem sacar auxílio
Safra 2021/2022 de café deverá chegar à 46 milhões de sacas
Em 12 meses, inflação brasileira já tem alta de 6,76%, diz IBGE
Estado tem que ser indutor do crescimento econômico
Confiança da indústria brasileira cresceu 4,8 pontos em maio
Inflação da construção civil registra taxa de 1,87% em abril
Produção industrial brasileira sobe em 10 de 15 locais em março

TAGS:
EMPREGO | CAFÉ | PIB | ECONOMIA | PEQUENOS | PRODUÇÃO | INDUSTRIA | PRÉ-SAL | SELIC