POLÍTICA NACIONAL

Lula recorre ao STF e tenta alongar prazo para mudança de chapa

Advogados solicitam suspensão de inelegibilidade e autorização para Lula fazer campanha.

Em 10/09/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

(Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou nesta segunda-feira (10) um novo pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ampliar o prazo de substituição do candidato do PT na corrida à Presidência da República.

O objetivo mais imediato é adiar o prazo de substituição desta terça (11) para o próximo dia 17 de setembro, segunda-feira da próxima semana. O pedido será analisado pelo ministro Celso de Mello, responsável pelo caso no STF.

Os advogados haviam feito o mesmo pedido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas a presidente da Corte, Rosa Weber, negou a prorrogação do prazo. Na mesma decisão, a ministra enviou o recurso extraordinário da defesa, que discute a inelegibilidade do petista, para apreciação do STF.

"Não há como aguardar a análise do tema [recurso extraordinário] pelo plenário desta Corte. Não há tempo. Ou se tem uma decisão até o próximo dia 11 de setembro – deadline imposto pelo acórdão recorrido, em outra guinada jurisprudencial – ou a candidatura de Lula será enterrada viva", afirmou a defesa.

A defesa também pediu que Celso de Mello leve ao plenário do STF um pedido para suspender, de forma provisória (liminar), a decisão do TSE que rejeitou sua candidatura, de modo a permitir a Lula disputar as eleições deste ano.

Novos pedidos

Ainda na manhã desta segunda (10), o Partido Novo, um dos que contestaram a candidatura de Lula no TSE, pediu ao STF que rejeite os novos pedidos da defesa do petista.

A legenda sustenta que deve ser mantida a decisão do TSE que estabeleceu prazo até terça (11) para a substituição da candidatura. Argumentou que o petista "busca obscurecer a vontade do eleitor", "levando às últimas consequências sua disposição para desafiar as ordens" do TSE.

"Busca estender o tempo de exposição de candidatura que não apresenta viabilidade alguma, fazendo crer ao eleitor – justamente o menos informado – que é candidato", diz o pedido da legenda.