POLÍTICA NACIONAL

Maia prega paciência e equilíbrio em pedidos de impeachment

Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que é preciso cuidado para lidar com o tema.

Em 27/04/2020 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: IstoÉ/Reproduçao

Questionado sobre o processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que é preciso cuidado para lidar com o tema.

Maia tem competência para dar início no processo contra o presidente da República pelo cargo que ocupa. Até o momento, pelo menos 25 pedidos de impeachment já foram protocolados. No entanto, Rodrigo defende que o foco do plenário seja no combate ao novo coronavírus.

“A gente precisa ter paciência e equilíbrio e não ter açodamento, porque o açodamento e a pressa, nesses temas, vão ajudar a questão do coronavírus ter contornos mais graves no impacto da vida da sociedade brasileira”, disse Maia, conforme divulgado pelo UOL.

“Quando você trata de tema como impeachment eu sou um juiz, não posso ficar comentando temas dos quais a decisão é minha de forma independente. Já passei por isso no governo do presidente Michel Temer (MDB) e com paciência e equilíbrio a gente superou esse período”, disse Maia.

Os pedidos contra o presidente vão desde a postura de Bolsonaro na pandemia da Covid-19 até o mais recente embate com o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro.

Sobre a demissão do ex-juiz do cargo de ministro, Maia disse que a atitude gera insegurança no País.

“No meio de uma pandemia a troca de ministros sempre gera insegurança. Você tem dois ministros que têm credibilidade na sociedade e o terceiro, Paulo Guedes, também tem credibilidade”, destacou.

Recentemente, Bolsonaro tem negociado com os partidos do centrão da Câmara para conseguir apoio. O movimento não passou por Maia, que tenta deixar o Congresso de fora das crises.

“Nós não podemos de forma nenhuma que o Parlamento seja mais um instrumento de crise e incertezas que, infelizmente, hoje, têm sido geradas no nosso país”, disse Maia. (IstoÉ)