POLÍTICA NACIONAL

Nelson Teich pede demissão e general assume o MS

Essa é a segunda saída de um ministro da Saúde em meio à pandemia do coronavírus.

Em 15/05/2020 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Reprodução/IstoÉ

O ministro da Saúde, Nelson Teich, pediu exoneração do cargo nesta sexta-feira (15), antes de completar um mês à frente da pasta. Teich tomou posse em 17 de abril. Essa é a segunda saída de um ministro da Saúde em meio à pandemia do coronavírus. As informações são da TV Globo.

Teich havia substituído Luiz Henrique Mandetta. Assim como Mandetta, Teich também apresentou discordâncias com o presidente Jair Bolsonaro sobre as medidas para combate ao coronavírus. Uma coletiva de imprensa será marcada nesta tarde, de acordo com a pasta.

General assume

O Ministério da Saúde informou que Nelson Teich pediu exoneração na manhã desta sexta-feira, 15. O secretário executivo, general Eduardo Pazuello, assume interinamente.

A informação, antecipada pelo Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), foi confirmada pelo Ministério da Saúde em nota oficial.

Segundo o documento, uma entrevista coletiva sobre o assunto ocorrerá na tarde desta sexta-feira.

O médico havia assumido o ministério no dia 17 de abril, após a saída de Nelson Mandetta.

Renato Casagrande

Veja o que disse o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, sobre a saíde de mais um ministro do governo Bolsonaro, especialmente, do Ministério da Saúde.

"A saída de mais um ministro da saúde em meio a pandemia, mostra como estamos à deriva no enfrentamento à crise por parte do governo federal. Ou o presidente da República deixa o ministério agir, segundo as orientações da Organização Mundal da Saúde (OMS), ou vamos perder cada vez mais brasileiros", disse o governador.

Fabiano Contarato

"O ministro da Saúde, Nelson Teich, antes de sair dizia a amigos que estava difícil conciliar os desejos do Presidente (de uso da cloroquina e de flexibilização do isolamento). Agora, deixa o cargo. É mais um médico que não abandona a ciência e se insurge contra um Presidente que, a cada dia, nos leva para uma situação insustentável. Estamos diante de grave uma crise de saúde, mas mais do que isso: de uma crise política que precisa de uma resposta. O Presidente quer impor um plano catastrófico para o país! Não podemos nos calar diante de loteamento de cargos, de um militar submisso, ou de um político terraplanista e negacionista na Pasta da Saúde."
Senador Fabiano Contarato (Rede-ES). (Com informações do ministério da Saúde - Secom/ES - TV Globo - Estadão - Istoé)