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Quebec planeja cobrar imposto adicional de não vacinados

A medida deverá estimular o debate sobre os direitos individuais e responsabilidade social.

Em 12/01/2022 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: © Reuters/Jakub Porzycki/Direitos reservados

Governos em todo o mundo têm estabelecido restrições de movimento aos não vacinados, mas um imposto abrangente sobre todos os adultos nessa condição pode ser medida rara e controversa.

A província canadense de Quebec, a segunda mais populosa do país, planeja fazer com que adultos que se recusam a tomar vacina contra a covid-19 paguem uma "contribuição de saúde". A medida deverá estimular o debate sobre direitos individuais e responsabilidade social.

O primeiro-ministro canadense, François Legault, disse, em entrevista nessa terça-feira (11), que a proposta, cujos detalhes ainda estão sendo definidos, não se aplicaria àqueles que não podem ser vacinados por razões médicas.

Pessoas não vacinadas prejudicam as demais, e o Ministério das Finanças da província está determinando quantia "significativa" que os moradores não vacinados seriam obrigados a pagar, disse Legault, acrescentando que o valor não seria inferior a 100 dólares canadenses (US$ 79,5).

Governos em todo o mundo têm estabelecido restrições de movimento aos não vacinados, mas um imposto abrangente sobre todos os adultos nessa condição pode ser medida rara e controversa.

Embora a cobrança possa ser justificada no contexto de emergência de saúde, sobreviver a provável contestação judicial dependerá dos detalhes, disse Carolyn Ells, professora de medicina e ciências da saúde da Universidade McGill.

Ela mnifestou surpresa com o fato de o governo dar um passo tão "dramático" agora, quando ainda restam opções para expandir a obrigatoriedade de vacinas.

Províncias do Canadá enfrentam aumento exponencial de casos de covid-19, que tem forçado dezenas de milhares de pessoas ao isolamento e sobrecarregado o sistema de saúde.

A variante Ômicron, altamente transmissível, dificultou contenção da disseminação, e especialistas em saúde alertam para a importância de se vacinar com duas ou três doses. (Por Ismail Shakil e Anna Mehler Paperny/Reuters)

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