POLÍTICA NACIONAL

Relatório final da CPI da Merenda é aprovado sob protestos.

Presidente da CPI, Marcos Zerbini, pediu a retirada dos estudantes após xingamentos.

Em 13/12/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Dois estudantes foram retirados à força pela Polícia Militar da sessão da CPI da Merenda desta terça-feira (13). A retirada dos manifestantes foi feita a pedido do presidente da CPI, o deputado Marcos Zerbini (PSDB), após xingamentos aos deputados, informou o SPTV. Deputados da oposição tentaram impedir que os estudantes fossem retirados do plenário.

Nesta terça, foi votado o relatório final da CPI, que aponta 20 nomes como responsáveis por irregularidades nos contratos entre cooperativas de agricultura familiar com o governo do Estado e com Prefeituras. O relatório teve seis votos a favor e um contra.

Apesar de ter sido citado por investigados como beneficiário da fraude, o presidente da Assembleia Legislativa (Alesp), Fernando Capez (PSDB), não aparece na lista dos 20 responsabilizados pela fraude.

Os deputados da oposição apresentaram um relatório paralelo, que cita nomes como Capez e Fernando Padula, que foi chefe de gabinete na Secretaria de Educação. Este relatório também irá para o Ministério Público.

Histórico

A CPI da Merenda foi criada em 30 de maio para investigar a suspeita de fraude do fornecimento de alimentos para escolas estaduais. O pedido de instauração de CPI para investigar contratos relacionados ao fornecimento de merenda escolar foi feito pelo PSDB no dia 10 de maio, logo após os estudantes ocuparem o plenário da Casa. Em menos de 24 horas, cerca de 70 deputados assinaram – mais que o dobro do exigido (32).

Dos nove deputados que formam a CPI, oito são da base governista. São eles: Barros Munhoz (PSDB), Marcos Zerbini (PSDB), Estevam Galvão (DEM), Adilson Rossi (PSB), Jorge Caruso (PMDB), Gilmaci Santos (PRB), Coronel Camilo (PSD) e Delegado Olim (PP). Somente Alencar Santana Braga (PT) é da oposição.

De acordo com o partido, o texto da oposição era limitado à Secretaria de Educação. Na proposta dos tucanos, serão investigados também os contratos com as prefeituras, o envolvimento de agentes públicos e agora, as empresas.

A oposição, que tentava emplacar requerimento sobre o tema desde fevereiro, disse que se viu obrigada a assinar a CPI governista para poder intervir na investigação, embora tema que a comissão seja "chapa branca" – foque nas prefeituras para blindar o governo de Alckmin.

Fonte: g1-SP