ECONOMIA NACIONAL

Vendas no varejo cresceram 20,5% nos últimos em 12 meses

Na opinião de Pedro Lippi, da Cielo, o comércio segue apresentando sinais de recuperação.

Em 17/05/2022 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Mark Makela/Reuters

O ICVA acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro, de acordo com as vendas realizadas em 18 setores mapeados pela Cielo.

A Cielo comunicou nesta terça-feira (17), que as vendas no varejo em abril de 2022 cresceram 20,5%, descontada a inflação, em comparação com igual mês de 2021. Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista, o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) apresentou alta de 37,9%.

Segundo a companhia, como em meses anteriores, o crescimento significativo está associado à base comparativa. Em abril do ano passado, o comércio foi impactado por medidas de isolamento, fruto da pandemia da covid-19.

Efeitos de calendário também beneficiaram o índice. Houve um sábado a mais, dia de forte comércio, e uma quinta-feira a menos, dia em que as vendas costumam ser mais fracas que aos finais de semana, em relação a abril do ano passado. Os efeitos das mudanças dos feriados de abril – Páscoa e Tiradentes – contribuíram para resultados mais positivos em abril de 2022.

Na opinião de Pedro Lippi, Head de Inteligência, da Cielo, o comércio segue apresentando sinais de recuperação.

“Abril marcou o sexto mês seguido de crescimento nas vendas. Esse quadro está associado a um comércio com menos portas fechadas. A alta dos preços também influenciou no índice nominal. Os setores de serviços continuam puxando a retomada”, diz.

Inflação

A Cielo relembra os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo IBGE, que apontou alta de 12,13% no acumulado dos últimos 12 meses, com alta de 1,06% em abril. O preço dos alimentos, que subiram 2,06%, e dos transportes, 1,91%, foram os que mais impactaram o índice.

Ao ponderar o IPCA pelos setores e pesos do ICVA, a inflação no varejo ampliado foi de 14,43% em abril, acelerando em relação ao índice registrado no mês anterior.

Descontada a inflação e com o ajuste de calendário, os macrossetores de Bens Não Duráveis e de Serviços registraram aceleração nas vendas em relação a março. Já Bens Duráveis e Semiduráveis sofreu desaceleração.

O destaque no macrossetor de Bens Não Duráveis foi Supermercados e Hipermercados.

No macrossetor de Serviços, um dos segmentos que mais colaboraram para a aceleração foi Turismo e Transportes.

Já o macrossetor de Bens Duráveis, que desacelerou, foi impactado negativamente pelo segmento de Vestuário.

Regiões

De acordo com o ICVA deflacionado e com ajuste de calendário, todas as regiões apresentaram crescimento em relação a abril do ano passado. A região Sudeste registrou alta de 24,1%, seguida da região Norte (+16,0%), Nordeste (+14,7%), Sul (+14,2%) e Centro-Oeste (+12,7%).

Segundo o ICVA nominal com ajuste de calendário na comparação com abril de 2021, as vendas na região Sudeste cresceram 41,9%, seguida da região Nordeste (+32,3%), Sul (+29,4%), Centro-Oeste (+28,8%) e Norte (+28,7%).

Metodologia

O ICVA acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro, de acordo com as vendas realizadas em 18 setores mapeados pela Cielo, desde pequenos lojistas a grandes varejistas. Eles respondem por 1,1 milhão de varejistas credenciados à companhia. O peso de cada setor no resultado geral do indicador é definido pelo seu desempenho no mês.

A Cielo desenvolveu modelos matemáticos e estatísticos que foram aplicados à base da companhia com o objetivo de isolar os efeitos do comportamento competitivo do mercado de credenciamento – como a variação de participação de mercado – e os da substituição de cheque e dinheiro no consumo. Dessa forma, o indicador não reflete somente a atividade do comércio pelo movimento com cartões, mas, sim, a real dinâmica de consumo no ponto de venda. (Estadão Conteúdo)

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