SAÚDE

​Hanseníane: Vila Velha é selecionada para implantar testes

Qualificação tem o objetivo de ajudar no rastreio e na detecção de novos casos da doença.

Em 23/06/2022 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Assessoria/PMVV

A primeira fase aconteceu no último mês, onde profissionais e agentes comunitários de saúde receberam atualizações da doença, bem como a orientação sobre a aplicação do novo instrumento de testagem para a detecção de casos suspeitos.

Nesta semana, está acontecendo a segunda etapa da capacitação conduzida pelo Ministério da Saúde para profissionais da saúde que trabalham na Atenção Primária de Vila Velha. A qualificação tem o objetivo de ajudar no rastreio e na detecção de novos casos de hanseníase, por meio do uso de tecnologias recém aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

A primeira fase aconteceu no último mês, onde profissionais e agentes comunitários de saúde receberam atualizações da doença, bem como a orientação sobre a aplicação do novo instrumento de testagem para a detecção de casos suspeitos.

O objetivo das ações é aperfeiçoar as condutas de diagnóstico e de tratamento da hanseníase, a fim de atingir a eliminação total da doença. Com a presença de dois especialistas do Ministério da Saúde, serão atendidos pacientes registrados no banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), recebendo consultas para exame dermatoneurológico e avaliação de grau de incapacidades.

A Coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Fabiana Turino, fala sobre a importância do estudo para o município:

“A hanseníase é uma doença curável, mas, se não for diagnosticada precocemente e tratada adequadamente, possui um grande potencial para gerar incapacidades físicas permanentes, dependendo do estágio em que se encontra a evolução do problema. Essas pesquisas mostram um avanço para o diagnóstico da doença”, disse.

Pesquisa do Ministério da Saúde

O estudo é liderado pelo Ministério da Saúde, com o apoio da Coordenação Estadual do Programa de Controle da Hanseníase. O intuito da pesquisa é identificar o que acontece com o paciente após a alta por cura.  Com a avaliação, é possível verificar se possui ou se há evolução de capacidades físicas, mesmo com o término do tratamento.

Essa análise irá mostrar a magnitude das sequelas físicas da hanseníase e, a partir disso, fundamentar a criação de políticas públicas voltadas aos cuidados da prevenção, reabilitação, necessidade de cirurgias, evitando a piora por incapacidade e melhorando a qualidade de vida dos pacientes tratados.

Sobre a Hanseníase

A hanseníase, anteriormente conhecida por lepra, teve seu nome alterado no Brasil no ano de 1976. Essa mudança ocorreu por uma iniciativa do médico dermatologista Abrahão Rotberg, professor da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal São Paulo (EPM/Unifesp). A finalidade foi reduzir o preconceito em torno desta doença que, por muitos anos, teve seus pacientes sofrendo rejeição e exclusão social.
 
Hoje, a doença é completamente tratável e curável de maneira gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), uma conquista que ainda passa por tribulações devido ao estigma e discriminação.

Ela afeta principalmente a pele, os olhos, o nariz e os nervos periféricos. Os sintomas incluem manchas claras ou vermelhas na pele com diminuição da sensibilidade, dormência e fraqueza nas mãos e nos pés. (Semcom/PMVV)

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