SAÚDE

Viana inaugura Núcleo de Serviços para Atendimento

Viana inaugurou o novo Núcleo de Serviços para Atendimento Especializado no bairro Canaã

Em 23/08/2023 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Victor Andrade/PMViana

O objetivo principal é reduzir a vulnerabilidade da população em relação à aquisição de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como HIV/AIDS e hepatites, bem como a tuberculose.

Viana deu um importante passo no cuidado da saúde da população ao inaugurar, na noite de segunda-feira (21), o novo Núcleo de Serviços para Atendimento Especializado no bairro Canaã.

O objetivo principal é reduzir a vulnerabilidade da população em relação à aquisição de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como HIV/AIDS e hepatites, bem como a tuberculose.

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A solenidade marcou o comprometimento da administração em fornecer cuidados e acessibilidade a todos os moradores. O núcleo de serviços oferecerá uma variedade de recursos e programas que visam educar, prevenir e tratar doenças que afetam a saúde pública.

O prefeito Wanderson Bueno ressaltou a importância do espaço no enfrentamento dessas doenças, que podem ter um impacto na vida das pessoas e na comunidade em geral.

"Estamos empenhados em garantir que os vianenses tenham acesso a informações precisas, testes, tratamentos e apoio emocional. A abertura deste núcleo é um passo essencial para fortalecer a saúde e o bem-estar de nossa população. Teremos profissionais de saúde disponíveis para oferecer orientação personalizada e tratamento especializado. Não vamos medir esforços para cuidar da população, este é meu compromisso com a cidade", destacou o prefeito.

A secretária de Saúde, Jaqueline Jubini, reforçou o compromisso em promover a saúde pública melhorar para a população de Viana.

“Vamos continuar oferecendo qualidade de vida a seus cidadãos. A iniciativa é um passo importante na construção de uma comunidade mais informada, saudável e resiliente contra as doenças sexualmente transmissíveis. Nosso objetivo é cuidar das pessoas como elas merecem”, citou a secretária.

Os serviços oferecidos incluirão testes gratuitos para ISTs, distribuição de preservativos e materiais educativos, confira.

Serviços ofertados:

· Coleta de sorologia para Hepatite, HIV, sífilis;

· Realização de teste rápido para esses agravos;

· Consulta médica;

· Consulta de enfermagem;

· Atendimento farmacêutico;

· Dispensação de medicação;

· Acompanhamento para pacientes positivos;

· Coleta de baciloscopia para Tuberculose;

· Coleta de baciloscopia para Hanseníase;

· Diagnóstico, tratamento e acompanhamento de tuberculose e Hanseníase;

· Busca ativa na comunidade;

· Educação em Saúde;

· Treinamento e capacitação das equipes das UBS.

“Espaço muito bem aproveitado e reformado. A Prefeitura e a comunidade estão de parabéns por ter essa unidade, que vai fornecer combate a HIV, AIDS. Pessoas podem ter a situação e não sabem. Aqui, poderão ter atendimento com qualidade e descobrir, o mais rápido possível, o problema solucioná-lo” comentou dona Maria de Jesus, moradora da comunidade há mais de 50 anos.

O NUSAE tem sede situada à Rua Resplendor, 262, antiga sede da Unidade Básica de Saúde de Canaã, Bairro Canaã, CEP: 29.135-056.
Conheça um pouco mais as doenças e os tratamentos

IST – Infecções sexualmente transmissíveis

As IST são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos.

São transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de uma IST pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação.

O tratamento das pessoas com IST melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de transmissão dessas infecções. O atendimento e o tratamento são gratuitos nos serviços de saúde do SUS.

A terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passa a ser adotada em substituição à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas.

Sintomas das IST

As IST podem se manifestar por meio de feridas, corrimentos ou verrugas anogenitais. São alguns exemplos de IST: herpes genital, sífilis, gonorreia, infecção pelo HIV, infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), Hepatites Virais B e C.

A IST aparece, principalmente, no órgão genital, mas pode surgir também em outra parte do corpo (ex.: palma das mãos, olhos, língua).

O corpo deve ser observado durante a higiene pessoal, o que pode ajudar a identificar uma IST no estágio inicial. Sempre que se perceber algum sinal ou algum sintoma, deve-se procurar o serviço de saúde. E, quando indicado, comunicar a parceria sexual.

São três as principais manifestações clínicas das IST:

Corrimentos

· Aparecem no pênis, vagina ou ânus.

· Podem ser esbranquiçados, esverdeados ou amarelados, dependendo da IST.

· Podem ter cheiro forte e/ou causar coceira.

· Provocam dor ao urinar ou durante a relação sexual.

· Nas mulheres, quando é pouco, o corrimento só é visto em exames ginecológicos.

· Podem se manifestar na gonorreia, clamídia e tricomoníase.

· Observação: A vaginose bacteriana e a candidíase vulvovaginal também causam corrimento, mas não são consideradas IST.

Feridas

· Aparecem nos órgãos genitais ou em qualquer parte do corpo, com ou sem dor.

· Podem ser manifestações da sífilis, herpes genital, cancroide, donovanose e linfogranuloma venéreo.

Verrugas anogenitais

· São causadas pelo Papilomavírus Humano (HPV) e podem aparecer em forma de couveflor, quando a infecção está em estágio avançado.

· Em geral, não doem, mas pode ocorrer irritação ou coceira.

HIV/aids e hepatites virais B e C

· Além das IST que causam corrimentos, feridas e verrugas anogenitais, existem as infecções pelo HIV e pelas Hepatites Virais B e C, causadas por vírus, com sinais e sintomas específicos.

HIV / AIDIS

HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. O vírus HIV ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+ e é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.

Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.

O HIV é um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae. Esses vírus compartilham algumas propriedades comuns: período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença, infecção das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune.

Aconselhamento

O aconselhamento, feito na rede pública de saúde, deve fornecer informações sobre as formas de transmissão do HIV, significados dos resultados dos exames, período de janela imunológica (tempo entre a infecção pelo HIV e o surgimento dos primeiros sintomas).

Em caso de resultado positivo, o profissional fala sobre a doença e seu tratamento, a prevenção secundária, o significado e utilidade de vários exames laboratoriais (como a contagem de linfócitos T CD4+ e a carga viral) e os possíveis efeitos adversos do uso dos medicamentos antirretrovirais em curto e longo prazos. Com acesso às informações sobre a doença e às formas de promover sua própria independência e autonomia, o paciente se fortalece para enfrentar as adversidades trazidas pela soropositividade e seu tratamento. Nesse momento, ocorre também o encaminhamento do paciente para o Núcleo de Serviços para Atendimento Especializado (NUSAE).

Sintomas e fases da aids

Quando ocorre a infecção pelo vírus HIV, o sistema imunológico começa a ser atacado. E é na primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV - tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença. Esse período varia de 3 a 6 semanas. E o organismo leva em média 30 dias após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebido.

A próxima fase é marcada pela forte interação entre as células de defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus. Mas que não enfraquece o organismo o suficiente para permitir novas doenças, pois os vírus amadurecem e morrem de forma equilibrada. Esse período, que pode durar muitos anos, é chamado de assintomático. Com o frequente ataque, as células de defesa começam a funcionar com menos eficiência até serem destruídas. O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções comuns. A fase sintomática inicial é caracterizada pela alta redução dos linfócitos T CD4 - glóbulos brancos do sistema imunológico - que chegam a ficar abaixo de 200 unidades por mm³ de sangue. Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a 1.200 unidades. Os sintomas mais comuns são: febre, diarréia, suores noturnos e emagrecimento.

Hepatites Virais

As Hepatites Virais têm grande importância na saúde pública brasileira considerando‐se o número de indivíduos atingidos e a possibilidade de complicações das formas agudas e crônicas. Sua distribuição é universal, mas há grande variação regional na prevalência de cada hepatite.

Hepatite A

A Hepatite A é de transmissão fecal‐oral, isto é, por contato oral com fezes de uma pessoa infectada (mesmo em microscópicas quantidades), através de água, alimentos contaminados ou objetos inanimados, assim, sua disseminação está relacionada com a infraestrutura de saneamento básico e a aspectos ligados às condições de higiene pessoal. Esse tipo de Hepatite também pode ser transmitido por meio de algumas práticas sexuais, tais como contato anal‐oral ou por contato dos dedos ou objetos que estiveram dentro ou perto do ânus de uma pessoa infectada. Geralmente a doença é autolimitada, não havendo descrição de cronificação e a hepatite fulminante é complicação rara, ocorrendo em menos de 1% dos casos.  

Hepatite B

A infecção pelo vírus da Hepatite B é transmitida por via parenteral e, sobretudo, por via sexual (é uma IST ‐ Infecção Sexualmente Transmissível), apresentando cronificação em 5 a 10% dos casos em adultos. Nos casos de transmissão vertical, porém, pode ocorrer cronificação em 70 a 90% das crianças quando a mãe está com o vírus replicante (HBeAg reagente) e 10 a 40% quando não está replicante (Anti‐HBe reagente). Os indivíduos com infecção crônica são o principal reservatório viral, sendo a fonte de infecção para as outras pessoas, além de apresentar risco de doença hepática avançada (cirrose, carcinoma hepatocelular) após um período variável de tempo (cerca de 10 a 30 anos).  

Hepatite C

Quanto à Hepatite C, sua transmissão ocorre principalmente por via parenteral, sendo a via sexual possível, mas pouco frequente (menos de 5% em parceiros estáveis); porém, a coexistência de outras IST, carga viral alta, exposição sexual com múltiplos parceiros sem preservativos, constitui‐se um facilitador desta transmissão. Em até 40% dos casos não é possível identificar a via da infecção. A média de infecção entre crianças nascidas de mães HCV positivas é de aproximadamente 6%, sendo que mães com elevada carga viral ou coinfectadas pelo HIV tem maior probabilidade de transmissão vertical. Cerca de 70 a 85% dos casos infectados evoluem para cronificação e 20% desses poderão evoluir para cirrose, em média, após um período de 20 a 30 anos, sendo que esta evolução pode ser acelerada quando associado a alguns fatores de risco, como coinfecção HBV e/ou HIV e ingestão de álcool. Os pacientes com cirrose apresentam um risco de desenvolvimento de carcinoma hepatocelular de 1 a 4% ao ano. 

Hepatite D

A Hepatite D tem transmissão semelhante à Hepatite B, sendo que o vírus depende do HBsAg para se replicar. É a principal causa de cirrose em áreas endêmicas, porém no Brasil só há descrição na região amazônica ocidental. É considerada coinfecção quando um indivíduo susceptível se infecta simultaneamente pelo HBV e HDV, enquanto é chamada de superinfecção aquela em que a infecção pelo vírus D ocorre em um portador crônico do HBV. O prognóstico revela‐se bem diferente, na superinfecção o índice de cronicidade para o HDV é significativamente maior (80%) que na coinfecção (3%).

Hepatite E

O vírus da Hepatite E é de transmissão fecal‐oral e não apresenta cronificação, porém pode ter formas agudas graves, principalmente em gestantes. O objetivo do tratamento das Hepatites B e C é a eliminação do vírus, de modo a reduzir a evolução para cirrose e carcinoma hepatocelular e a redução da transmissão viral. A indicação do tratamento depende da função do fígado, do grau de fibrose hepática e da carga viral, além de outros critérios (coinfecção com HIV, por exemplo). Quanto mais precoce o diagnóstico, maior a chance de sucesso terapêutico. Não existe um tratamento específico para Hepatite A, apenas para os sintomas. A pessoa deve ficar em repouso relativo até a normalização dos exames, não deve ingerir álcool por no mínimo 6 meses e durante a fase de sintomas deve separar utensílios e objetos pessoais, além de evitar práticas sexuais anal‐oral.

Tuberculose

A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e sistemas. A emergência da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) veio agravar a situação constituindo, além das condições precárias de vida de grande parte da população, um dos principais fatores relacionados a alta prevalência da tuberculose

Sintomas

O principal sintoma da tuberculose é a tosse na forma seca ou produtiva. Por isso, recomenda‐se que todo sintomático respiratório ‐ pessoa com tosse por três semanas ou mais  ‐ seja investigado. Há outros sinais e sintomas que podem estar presentes, como febre vespertina, sudorese noturna, emagrecimento e cansaço/fadiga. Também pode ocorrer em outros órgãos, sendo que a forma extrapulmonar ocorre mais comumente em pessoas com comprometimento imunológico, especialmente aquelas que vivem com o HIV/aids.

Transmissão

A tuberculose é uma doença de transmissão aérea  ‐  ocorre a partir da inalação de aerossóis. Ao falar, espirrar e, principalmente ao tossir, as pessoas com tuberculose pulmonar ativa lançam no ar partículas em forma de aerossóis que contêm bacilos, sendo chamadas de bacilíferas. Em ambientes fechados e sem ventilação estes aerossóis podem permanecer por várias horas. Calcula‐se que durante um ano, numa comunidade, um indivíduo que tenha baciloscopia positiva pode infectar, em média, de 10 a 15 pessoas. Roupas, lençóis, copos e outros objetos não transmitem a doença. A transmissão da tuberculose é plena enquanto o indivíduo estiver eliminando bacilos. Com o início do esquema terapêutico adequado, a transmissão tende a diminuir gradativamente e, em geral, após 15 dias de tratamento chega a níveis insignificantes. No entanto, o ideal é que as medidas de controle de infecção sejam implantadas até que haja a negativação da baciloscopia. Crianças com tuberculose pulmonar geralmente são negativas à baciloscopia.

Tuberculose e HIV

A tuberculose ativa em pessoas que vivem com HIV é uma das condições de maior impacto na mortalidade por HIV e por tuberculose no país.

O diagnóstico precoce de infecção pelo HIV em pessoas com tuberculose e o início oportuno da terapia antirretroviral reduzem a mortalidade. Portanto, o teste para diagnóstico do HIV (rápido ou sorológico) deve ser ofertado a todo indivíduo com diagnóstico de tuberculose ativa, independentemente da confirmação bacteriológica.

Devido ao risco aumentado de adoecimento por tuberculose, em toda visita da PVHA aos serviços de saúde, deve ser questionada a presença de tosse (independentemente do tempo de evolução), uma vez que esse sintoma indica a possibilidade de tuberculose ativa. Outros sintomas como febre, sudorese noturna ou emagrecimento (associado ou não à tosse) também podem indicar tuberculose e demandam investigação.

Hanseniase

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa que acomete preferencialmente a pele e os nervos periféricos, apesar de ter cura, quando não tratada oportunamente pode causar incapacidades físicas importantes para a vida do usuário do serviço de saúde.

A transmissão da doença acontece pelo ar, sobretudo em situações de contato próximo e prolongado, como entre pessoas que moram na mesma casa. Apesar disso, a maioria da população consegue se defender naturalmente da bactéria, não desenvolvendo a doença caso seja contaminada.

Como a bactéria da hanseníase afeta principalmente os nervos e a pele, as principais alterações ocorrerão nesses locais. O acometimento dos nervos periféricos pode se manifestar por dormências, perda de sensibilidade, dor nos nervos, câimbras e perda de força muscular, principalmente nos nervos das mãos, pés e rosto. Já na pele, a hanseníase pode causar manchas esbranquiçadas ou avermelhadas que não costumam coçar ou doer. É característica a redução da sensibilidade ao toque, calor ou dor nas manchas de hanseníase. (Secom/PMViana)

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