NUTRIÇÃO

Dicas para reduzir o peso mantendo a saúde sem restrições

O excesso de peso e a obesidade têm alta correlação com resistência à insulina e diabetes.

Em 07/02/2023 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Istock Getty Images

Mapa da Obesidade no Brasil apontou que 57% dos brasileiros estão com sobrepeso ou obesidade, fator de risco para doenças crônicas como diabetes.

Entre as doenças crônicas não transmissíveis estão: obesidade, diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, esteatose hepática e alguns tipos de cânceres. Para traçar um mapa nacional sobre o tema, existe a pesquisa Vigitel, ou Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, que compõe o sistema do Ministério da Saúde. São monitorados pela pesquisa: tabagismo; alimentação não saudável; inatividade física; e uso nocivo de bebidas alcoólicas.

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são um dos principais problemas de saúde pública do Brasil e do mundo. No Brasil, as DCNT são igualmente relevantes, tendo sido responsáveis, em 2019, por 41,8% do total de mortes ocorridas prematuramente, ou seja, entre 30 e 69 anos de idade. A obesidade é uma DCNT e é fator de risco para as outras.

O excesso de peso e a obesidade têm alta correlação com resistência à insulina, diabetes, doenças cardiovasculares, apnéia noturna e alguns tipos de câncer. E os níveis de excesso de peso e obesidade pioraram no último ano. Estamos no momento de maior informação; entretanto, ter informação e saber o que devemos fazer não necessariamente gera mudança de comportamento. Devemos promover estratégias para mudança no estilo de vida.

O estilo de vida tem grande impacto no controle do peso. A qualidade e a quantidade de alimentos ingeridos e a prática regular de exercício físico são determinantes no controle de peso e da saúde.

8 hábitos nutricionais importantes para o controle de peso:

  1. Ingerir, diariamente, cinco porções de frutas, verduras e legumes;
  2. Metade do prato deve ser composto por verduras e legumes;
  3. Evitar alimentos ultraprocessados: desembalar menos e descascar mais;
  4. Evitar ou reduzir o consumo de carne vermelha e bebida alcoólica;
  5. Preferir alimentos integrais;
  6. Comer devagar e mastigar bem os alimentos;
  7. Evitar colocar travessas na mesa para se servir. Utilize “empratados”, leve à mesa a comida já porcionada;
  8. Atenção à hidratação, confundimos sede com fome: beba 35 a 40ml de água/ kg de peso/ dia.

Dados do Vigitel sobre sobrepeso e obesidade coletados em 2021 e publicados em 2022:

Excesso de Peso (IMC >25kg/m2)

No conjunto das 27 cidades, a frequência de excesso de peso foi de 57,2%, sendo maior entre os homens (59,9%) do que entre as mulheres (55,0%). No total da população, a frequência dessa condição aumentou com a idade até os 54 anos e reduziu com o aumento da escolaridade.

As maiores frequências de excesso de peso foram observadas, entre homens, em Porto Velho (67,5%), João Pessoa (66,5%) e Manaus (65,2%) e, entre mulheres, em Manaus (61,8%), Porto Velho e Belém (61,0%). As menores frequências VIGITEL Brasil 2021 37 de excesso de peso, entre homens, ocorreram em Salvador (50,8%), São Luís (51,4%) e Vitória (55,8%) e, entre mulheres, em Palmas (45,0%), Teresina (46,4%) e São Luís (47,5%)

Obesidade (IMC >30kg/m2)

No conjunto das 27 cidades, a frequência de adultos obesos foi de 22,4%, semelhante entre as mulheres (22,6%) e os homens (22,0%). A frequência de obesidade aumentou com a idade até os 64 anos para mulheres. Entre as mulheres, a frequência de obesidade diminuiu com o aumento da escolaridade, com seu menor valor entre aquelas com 12 e mais anos de estudo.

As maiores frequências de obesidade foram observadas, entre os homens, em Aracaju (27,9%), Goiânia (26,7%) e Porto Velho (26,6%) e, entre as mulheres, em Manaus (26,6%), Recife (26,5%) e Porto Velho (26,2%). As menores frequências de obesidade ocorreram, entre homens, em Recife (17,7%), São Luís e Salvador (18,6%), e entre as mulheres, em Palmas (16,1%), Vitória (16,8%) e Teresina (17,2%).

O Vigitel foi implantado em 2006 em todas as capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. As entrevistas ocorrem por inquérito telefônico realizado anualmente em amostras da população adulta (18 anos ou mais) residente em domicílios com linha de telefone fixo. (Por Cris Perroni)

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