Veja o que é e sintomas, causas, tratamento e prevenção do quadro que provoca a diminuição da capacidade do músculo em produzir força e potência.

Essa semana, o episódio envolvendo o atacante Neymar, que está fora do próximo jogo do Paris Saint-Germain contra o Montepellier com o diagnóstico de fadiga muscular, trouxe à tona a necessidade de compreendermos melhor esse quadro. Afinal, atletas de todos os esportes (do futebol ao fisiculturismo) e membros das comissões técnicas precisam entender a fadiga muscular a fim preservar a boa performance esportiva.

O que é e sintomas

A fadiga é um sintoma que provoca a diminuição da capacidade do músculo em produzir força e potência. Ao iniciarmos um exercício, nós sentimos nossos músculos fortes e resistentes. Porém, com o passar do tempo, a continuidade do esforço faz com que passemos a nos sentir fracos e cansados. Muito bem: essa sensação, que é progressiva, caracteriza a fadiga muscular. Se o esforço não for interrompido, chegaremos à exaustão.

Causas

Foto: Istock Getty Images

São vários os mecanismos que levam à fadiga muscular: central e periféricos.

• Central: em que há uma diminuição do estímulo proveniente do sistema nervoso central para os músculos, decorrente de alterações nos mediadores químicos cerebrais;
• Periféricos: a fadiga de causa periférica tem diversas origens, das quais podemos destacar:

1. A falta de energia decorrente da depleção das reservas de glicogênio muscular, o carboidrato estocado nos músculos e no fígado;
2. O acúmulo de metabólitos (produtos do metabolismo) no interior das fibras musculares
3. O acúmulo de (íons) cálcio no interior das fibras musculares - essa fadiga exige maior tempo de recuperação que aquela desencadeada por acúmulo de metabólitos.

Diferente do que acontecia há aproximadamente 20 anos, quando os programas de treinamento envolviam quase que exclusivamente o gesto esportivo, hoje os programas de fortalecimento muscular estão presentes em todos os regimes de treinamento esportivo, seja para melhorar a performance, seja para prevenir lesões.

Por isso, precisamos entender como os diferentes tipos de contrações musculares interferem no processo de fadiga e na recuperação muscular para que o treinamento não seja um fator potencializador da fadiga.

Por fim, não podemos deixar de falar sobre a DOMS, ou Dor Muscular de Início Tardio, que se caracteriza pelo quadro de dor muscular decorrente do processo inflamatório desencadeado pelo exercício.

Tratamento e prevenção

O tratamento para a fadiga muscular originada pelo exercício consiste em basicamente três vertentes: descanso, alimentação/suplementação adequada e hidratação. Para prevení-la, acrescentamos a essas vertentes um programa de treinamento bem periodizado.

Seguindo à risca essas recomendações, podemos praticar exercícios sem que haja prejuízo à performance ou à saúde. (Por Turibio Barros e Gerseli Angeli, em Eu Atleta)

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