CENÁRIO EMPREENDEDOR

A estratégia do oceano azul.

Enquanto uns reclamam, outros buscam soluções planejadas e viáveis para consolidar novos investimentos.

Em 08/04/2015 Referência JCC

Certa vez, em uma sala de aula, um dos alunos do primeiro período do Curso de Administração, empresário e comerciante varejista no ramo de móveis e eletrodomésticos, levantou-se e fez a seguinte pergunta: Com esta onda de crises, dificuldades financeiras, ausência de crédito e de clientes, inadimplência lá em cima, demissões, compromissos a cumprir, o que que eu faço, professor?

Notei que havia um certo drama em sua fala. Ao mesmo tempo, transparecia uma enorme preocupação com as notícias que circulavam na época e que ele, supostamente, é daquele tipo que assimila mais facilmente as informações negativas.

Porém, compreendendo que aquela poderia ser a dúvida de muitos que ali estavam, fui ao quadro e escrevi a seguinte frase: “Para navegar em oceanos turbulentos, empresas, empresários e executivos precisarão de novas estratégias.”

Traduzindo, disse a eles que, para andar na frente, criar novos mercados, tornar os competidores irrelevantes, necessariamente temos que nos preparar e preparar nossa empresa, nosso negócio, inovar nos processos estruturais, tecnológicos e estratégicos, para vencer eventuais imprevistos.

Enquanto muitos desviam a atenção do seu negócio para reclamar e debater sobre o que chamam de crises, outros buscam soluções planejadas e viáveis para consolidar novos investimentos. Sobre isto existe um ditado: “Enquanto uns choram, outros fabricam lenço.” Isto é oportunidade!

Aquela pergunta me permitiu alertá-los de que as adversidades nos impulsionam e motivam para permanecer sempre na ofensiva, de olho nos acontecimentos do entorno, porém focado no trabalho, nas decisões estratégicas, nos riscos e na capacidade de sobreviver em mercados instáveis, competitivos ou ainda inexplorados.

Assim escreveram W. Chan Kim e Renée Mauborgneno incrível livro “Blue Ocean Strategy”(A Estratégia do Oceano Azul). Eles citam alguns exemplos de que, ao longo dos anos, empresas vêm criando e destruindo valor. Muitas delas ficaram pelo caminho, enquanto outras, curiosamente, se perpetuaram, não pela continuidade de suas operações, mas depois de muitas dificuldades, mudanças e rupturas significativas - Du Pont, Swartch, General Electric e Accor, são alguns exemplos de empresas que reinventaram seus setores criando valor único para seus clientes e, consequentemente, valor sustentável para seus acionistas, colaboradores, fornecedores e sociedade.

Autor:

Prof. José Luiz Mazolini

Sobre o autor:

É diretor da Mazolini Consultoria & Marketing, professor universitário, estrategista em marketing & negócios, consultor empresarial e carreira profissional e conferencista.  www.mazoliniconsultoria.com.br - diretoria@mazoliniconsultoria.com.br – professormazolini@gmail.com.