CENÁRIO EMPREENDEDOR

A IA e a geração de subtrabalhadores mal remunerados

A inteligência artificial ainda não substituiu totalmente o trabalho de uma pessoa.

Em 28/05/2019 Referência JCC, Prof. José Luiz Mazolini

Imagem: Bytebio/Reprodução

Se você parar para pensar sobre tudo o que está acontecendo a sua volta, trazendo revoluções tecnológicas, promovendo mudanças que alteram comportamentos e relacionamentos pessoais, familiares, sociais e corporativos, certamente, ficará alucinado. A era da Inteligência Artificial (IA) é um exemplo disso. Ou seja, não dá para ficar, apenas, olhando, é preciso agir. São os reflexos do avanço acelerado e necessário da era digital transformando as pessoas e transformando o mundo.  Infelizmente, aquele que, pelo menos, não se aproximar dessa realidade, sem dúvida, seguirá sua vida, sim, porém, assistindo ao funil se estreitando cada vez mais rápido à sua frente.

Eu, sou da década de cinquenta, portanto, da era pré-industrial (cabo de enxada, foice, machado, carro-de-boi, arado, etc.), e assisti meus avôs e meus pais produzindo, bravamente, no campo utilizando esses equipamentos de forma braçal. “A energia era o sangue que corria nas veiais”.

No meu caso, o tempo foi passando, as mudanças foram acontecendo, estudei e ainda estudo, afinal, sou um dos maiores incentivadores mundiais sobre a necessidade da prática da “Educação de Qualidade Continuada” (a tecnologia é um ingrediente nesse processo), como parte da riqueza de conhecimento, capaz de impulsionar a vida e a carreira profissional e empresarial de qualquer cidadão. Falei sobre isso, recentemente, em uma palestra.

Hoje, a era moderna nos apresenta a “Inteligência Artificial (IA)”, nos perguntando: substituirá o capital humano? No meu modesto entendimento a resposta, pelo menos por enquanto, é não. Sinceramente, eu não comprei, totalmente, a ideia de IA sem humanos. Mas isso não deve nos deixar aliviados. Pesquisas e documentos recentes publicados nos Estados Unidos e na Europa apontam que o grande problema trazido pela IA não está na troca da força de trabalho, mas, sim, na ampliação das desigualdades sociais — com a criação de uma espécie de subcategoria de trabalhadores. Em alguns países periféricos já existe uma espécie de serviço por trás de algoritmos, robôs e plataformas digitais.

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É óbvio que existem preocupações sobre o tema. Em abril, a Comissão Europeia lançou suas diretrizes éticas para uma Inteligência Artificial confiável. Ao mesmo tempo, o instituto de pesquisa alemão AlgorithmWatch publicou o Atlas de Automação no país. Em vez de usar o termo “Inteligência Artificial”, o relatório prefere “Tomada de Decisão Baseada em Algoritmos”, que seria, segundo ele, um termo mais preciso. Com isso, o relato destaca que a responsabilidade pelas decisões automatizadas ainda está nos seres humanos, que desenvolvem e aprovam sistemas. Ou que emulam máquinas em trabalhos repetitivos — e mal remunerados.

Sobre o autor:

Prof. José Luiz Mazolini, é professor universitário, com formação em Administração de Empresas e Pessoas; Marketing Estratégico de Negócios e Esportivo; Publicidade e Propaganda, além de MBA Executivo em Negócios Internacionais; ambos pela Universidade Norte do Paraná, Londrina/PR. É empresário, diretor da Mazolini Consultoria & Marketing, do Correio Capixaba, do Portal CCNEWS Brasil, e palestrante/conferencista.

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