ECONOMIA NACIONAL

Agricultura destina R$ 128 mi contra moscas-das-frutas.

Pragas causam prejuízo de cerca de US$ 120 milhões ao ano.

Em 09/09/2015 Referência JCC

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, anunciou nesta terça-feira (8) investimento de R$ 128 milhões até 2018 para o Programa Nacional de Combate às Moscas-das-Frutas. A praga causa prejuízo de cerca de US$ 120 milhões ao ano, entre perdas de produção, custos de controle, processamento e comercialização. 

O Ministério vai investir R$ 10 milhões ao ano para implementação de sistemas de mitigação de risco e programas de erradicação, além de R$ 6 milhões anuais para o subprograma de erradicação da mosca-da-carambola. 

Por meio de convênio com estados, serão repassados mais de R$ 20 milhões, entre 2015 e 2016. Já a iniciativa privada vai cooperar com R$ 6 milhões por ano, por meio da Abrafrutas. O investimento total somará R$ 128 milhões até 2018.

As principais espécies da mosca-das-frutas no Brasil estão nos estados de Roraima, Pará e Amapá, no Vale do São Francisco e na região sul, com prevalência da mosca-do-mediterrâneo (Ceratitis capitata, que ataca principalmente acerola, manga, goiaba, uva e citros), Anastrepha obliqua (manga, cajá-manga e mamão), Anastrepha fraterculus (maçã, pêssego, mamão, citros, pera, goiaba) e Anastrepha grandis (melão, melancia, abóbora).

Além dessas, uma quinta espécie ocorre em algumas regiões do Brasil e está em processo de erradicação, a mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae), que, além da carambola, ataca mais de 50 plantas.

Kátia Abreu destacou que as moscas-das-frutas não trazem prejuízos à saúde humana, mas sim ao preço do produto. “Se um produtor produz 100 quilos e perde 30 com essa praga, ele vai ter que vender mais caro para pagar seus custos”, explicou.

“Já para exportação, os produtos não são aceitos por receio de as moscas invadirem os pomares de outros países. Temos que combater a praga para elevarmos o consumo interno e exportamos esses produtos mundo afora”, completou.

O programa visa a estabelecer uma política internacional de monitoramento e controle da mosca-da-carambola na Guiana, Guiana Francesa, Suriname, Venezuela e Trinidad e Tobago e incluir vigilância permanente nos portos e aeroportos das regiões indenes a fim de gerenciar o risco de dispersão.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento