ECONOMIA NACIONAL

Agronegócio nacional ganha força e segue caminhos promissores.

Espírito Santo tem participação importante no crescimento, através da produção de café, lácteos...

Em 15/04/2015 Referência JCC

O agronegócio brasileiro, a partir de boas práticas socioambientais, tem um caminho promissor em termos de produção, consumo doméstico e exportação acima do mercado mundial. É o que indica as estimativas da Fiesp – Federação das Indústrias de São Paulo. Para os próximos anos, o aumento da renda do consumidor interno será o principal vetor de expansão das produções de arroz, trigo, milho, café, lácteos, ovos, etanol e carnes.

E o Espírito Santo tem participação importante nesse progresso, afirma o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (FAES), Júlio da Silva Rocha Jr. “Embora pequeno no tamanho, o nosso estado representa a parcela próspera do agronegócio nacional, por sua marcante produção de café Conilon, primeiro colocado na produção nacional e reconhecido mundialmente”, destaca o presidente.

Segundo dados do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), estima-se que a produção de Conilon no estado chegue a 9,5 milhões de sacas, aumento de 15% em relação à última safra. “A qualidade é o que mais agrada ao produtor e aos países que compram. Tem-se investido em alta tecnologia para alavancar a produção de café Arábica. Além disso, o Espírito Santo também tem obtido rendimento de significância qualitativa da bovina cultura de leite e pecuária de corte,” ressalta Júlio.

E toda essa produção tende a atrair olhares de grandes produtores internacionais. O agronegócio do Brasil deve seguir com desempenho superior ao restante dos países exportadores e ganhar participação privilegiada nas exportações de soja, milho e carnes, na década adiante. Já o mercado internacional terá importância para celulose, algodão e açúcar.

A soja abre vantagem entre os grãos. Sua produção nacional deve crescer 3,9% ao ano, enquanto a produção mundial do incremento será de 2,4%. Com isso, Brasil ampliará em 50% seu domínio na exportação do grão no mercado mundial. Mas manter o mesmo desempenho exportador da última década exige planejamento e trabalho conjunto entre o produtor rural e a indústria, esta que representa cerca de 40% do PIB do agronegócio.

Segundo o presidente da FAES, o investimento específico em tecnologia de ponta por parte de donos e herdeiros de propriedades rurais com maior nível de ensino acadêmico é a chave paraproduzir mais com menos. Conforme dados do Deagro, 43% desses produtores agropecuários têm curso superior completo. O percentual é maior entre os herdeiros das propriedades: 77% têm diploma universitário.

“Essa parcela contribui intensamente para a progressão do setor, pois são grandes usuários da agricultura de precisão e demais tecnologias desenvolvidas pela indústria”, afirma Júlio Rocha.

Consumo de carnes no Brasil

Só para ter uma ideia, o Brasil já ultrapassou os Estados Unidos no consumo de carne por pessoa. O Deagro – Departamento de Agronegócio da Fiesp - afirma em seus levantamentos que o consumo de carne de frango no País há dois anos foi de 9,3 milhões de toneladas e a projeção para 2023 é que esse número chegue a 11,5 milhões de toneladas, representando uma expansão de 24%. Já o consumo de carne bovina deve crescer 16% até lá.

Fonte: FAES/SENAR