SAÚDE

ALERTA: Verão favorece o inchaço e dor nas pernas e pés

Para algumas pessoas, sinônimo de verão é ficar com as pernas e os pés inchados e doloridos..

Em 14/02/2022 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: iStock/Getty Images

O aumento na temperatura favorece o suor e a dilatação dos vasos, fazendo com que o sangue se acumule nos membros inferiores.

Para algumas pessoas, sinônimo de verão é ficar com as pernas e os pés inchados. Além da sensação de dor e de que os membros inferiores estão “pesados”, o período também é marcado pelo risco no surgimento de varizes, especialmente entre os indivíduos com predisposição.

O principal culpado é o calor, mas também a falta de alguns cuidados importantes. Com as altas temperaturas, o organismo precisa equilibrar o termômetro interno, e isso se traduz em mais suor. Em um mecanismo de autodefesa, o corpo se prepara para a perda de líquidos da transpiração fazendo com que a pessoa retenha mais água.

Ao mesmo tempo, o calor provoca uma vasodilatação – ou o aumento do diâmetro dos vasos sanguíneos. Isso favorece a pressão nas veias e dificulta o retorno do sangue, que se acumula nos membros inferiores, como resposta à gravidade.

“A retenção de líquidos é uma resposta natural e fisiológica do nosso corpo para manter a temperatura. A vasodilatação é provocada pelo excesso de calor. Esse líquido retido extravasa para fora dos vasos e, pela ação da gravidade, desce e se acumula causando o edema nos membros inferiores”, explica o cirurgião vascular Almar Bastos, presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro.

Segundo o especialista, o inchaço tende a desaparecer durante a noite justamente porque o corpo, na posição horizontal facilita o retorno do sangue para dentro dos vasos.

Sensação de dor

Como a vasodilatação também provoca um estiramento dos vasos e das terminações nervosas que existem nas paredes dessas estruturas, isso gera a dor e o desconforto característicos, de acordo com Bastos. “É aquela sensação de cansaço, de dor pesada”, diz o cirurgião.

Embora não seja uma condição necessariamente perigosa à saúde, esses sintomas aparecem de forma mais acentuada em algumas pessoas, especialmente nos idosos, sedentários, com sobrepeso, e nos indivíduos com uma alimentação não saudável. Pessoas que trabalham muito tempo sentadas ou em pé também têm maior tendência a apresentar esses sintomas.

“No paciente obeso e com sobrepeso, por exemplo, é mais difícil a drenagem desse líquido de voltar para os vasos. No caso dos idosos, a idade causa uma atrofia natural da musculatura, reduzindo a tonicidade da panturrilha, então eles são mais propensos a terem esse inchaço”, explicou Bastos.

Indivíduos em tratamento para o controle da hipertensão arterial também estão mais suscetíveis, já que o medicamento é um vasodilatador. “Boa parte dos idosos são hipertensos, passam mais tempo sentados ou mais estáticos, praticam menos atividade física. Por isso sofrem mais com o inchaço de pernas e pés no verão. Uma série de fatores torna isso mais evidente no idoso”, detalha.

Como evitar?

Primeiro passo é redobrar os cuidados com a hidratação, e preferir roupas de materiais leves e cores claras. Também é possível minimizar o aparecimento do desconforto mantendo rotinas saudáveis, como:

  • Prática regular de exercícios físicos;
  • Manter uma alimentação saudável, com manutenção do peso corporal;
  • Reduzir a ingesta de sal, que aumenta a retenção de líquidos;
  • Caso tenha indicação médica, usar meias elásticas de compressão;
  • Se for passar muito tempo sentado, manter os pés elevados e fazer movimentos circulares para ajudar na circulação venosa;
  • Sempre que possível, caminhe.

“Também existem algumas medicações que atuam evitando o inchaço. São os venotônicos ou flebotônicos, substâncias que tonificam a parede das veias, reduzindo a possibilidade de estiramento, diminuindo a saída de líquido para fora dos vasos e minimizando a vasodilatação provocada pelo calor, melhorando os sintomas. Elas são um coadjuvante, pois o importante mesmo é mudar hábitos de vida”, ressalta o cirurgião.

Se ainda assim os sintomas continuarem persistindo e incomodando, é importante a procura por orientação médica. (Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein)

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