Ambulantes serão retirados da Av. Expedito Garcia, em Cariacica (ES).

Os ambulantes que atuam nas calçadas da Avenida Expedito Garcia, em Campo Grande, Cariacica, no Espírito Santo, serão retirados do local a partir de janeiro de 2017. Isso porque a via, considerada um dos pontos de comércio mais movimentados da Grande Vitória, vai passar por uma obra de revitalização.

A obra será iniciada em janeiro, para não prejudicar o comércio no fim do ano. O projeto inclui a troca do piso da calçada e instalação de abrigos para os pontos de ônibus. Com isso, os ambulantes serão realocados para ruas transversais da avenida.

A medida, contudo, não será provisória, conforme explica o prefeito do município, Geraldo Luzia de Oliveira Júnior, o Juninho.

“Depois que a obra acabar, eles não poderão voltar para as calçadas. Já existe uma determinação estadual que proíbe os ambulantes de permanecerem nesses espaços”, disse.

Atualmente, 94 ambulantes estão cadastrados para atuar nas vias transversais da região, segundo a prefeitura. Mesmo assim, alguns continuam utilizando a calçada como espaço de trabalho, o que é criticado pela maioria dos comerciantes da avenida.

“Para quem tem loja é muito ruim. As barracas de comida jogam óleo nas vitrines, sem falar no cheiro e na fumaça. Tem também a concorrência de produtos, que é desleal”, reclamou o gerente de uma loja de eletrônicos, Maycon Piumbini.

Centro comercial
Outra possibilidade para a retirada dos ambulantes da calçada é a realocação deles para um centro comercial, um pedido do próprio grupo. Juninho explica que há prédios ociosos na avenida, que poderiam ser utilizados para a atividade.

“Alguns deles fizeram o pedido para ocupar terrenos da Expedito Garcia que não são usados. A proposta seria construir este espaço, como se fossem galerias, porque já temos o prédio. Vamos realizar uma reunião na próxima semana e saber a opinião deles”, finalizou.

Ambulantes
A possibilidade da realocação dos ambulantes em um centro comercial não é bem vista pelos vendedores, que temem perder o movimento gerado na avenida.

A preocupação dos vendedores é de perder a clientela, que não se deslocaria até um centro comercial longe da avenida. Para Francisco da Silva, 32 anos, a medida é inviável e só traria prejuízos para os ambulantes.

“O nosso movimento está todo na rua. A pessoa passa e vê a nossa barraca. Não faz sentido juntar os ambulantes em um local só. Sou contra”, disse o ambulante que atua há quatro anos na região.

Fonte: g1-ES