ESPORTE NACIONAL

Atletas do rúgbi em cadeira de rodas testam acessibilidade do Galeão.

O Galeão passou por testes de acessibilidade, na segunda (22) e na terça-feira (23).

Em 24/02/2016 Referência JCC

O Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (Galeão) passou por testes de acessibilidade, na segunda (22) e na terça-feira (23), durante a recepção das delegações dos países que vão disputar o Campeonato Internacional de Rugby em Cadeira de Rodas. Evento-teste da modalidade para os Jogos Rio 2016, o torneio será realizado entre 26 e 28 de fevereiro, na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca.

Realizada sob coordenação da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC-PR), a operação acompanhou a chegada de 54 atletas das delegações da Inglaterra, Austrália e Canadá. O objetivo foi avaliar todos os procedimentos de embarque e desembarque, fluxos dentro do aeroporto e infraestrutura do principal terminal envolvido na operação dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

Nesta terça-feira (23), a delegação do Canadá desembarcou no Galeão com 17 integrantes. Desde a saída da aeronave, os atletas contaram com assistência especial para troca de cadeira de rodas, passagem pela imigração e retirada de bagagens e equipamentos. Para Kevin Orr, técnico da seleção canadense, o aeroporto internacional do Rio está preparado para a recepção de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

"Estive no Brasil em 2007 e vejo que hoje tudo está mais rápido. Foi muito ágil a passagem de toda a equipe até aqui. As cadeiras chegaram em ótimas condições e muito rapidamente até nós. Esse é um passo muito importante, fomos tratados com muita eficiência", elogiou.

Entre os britânicos, o atleta Michael Kew descreveu os profissionais do Galeão como "plenamente preparados para auxiliar no desembarque". Kew disse ainda que a logística de retirada das cadeiras funcionou muito bem, de maneira similar ao padrão verificado em outros países.

Da saída dos atletas da aeronave até a saída do ônibus do meio-fio, o procedimento durou, em média, 50 minutos, tempo considerado "excelente" por Marcus Pires, chefe de serviço do Comitê Técnico de Operações Especiais (CTOE), grupo de trabalho responsável por planejar a operação dos aeroportos para megaeventos como as Olimpíadas e Paralimpíadas.

"Nos três voos de chegada que acompanhamos, percebemos uma engrenagem importante de integração entre companhias aéreas, serviço de rampa, handling, administrador aeroportuário e órgãos públicos - Receita e Polícia Federal. Esse desempenho e comprometimento foi fundamental. O desafio é fazer o ajuste fino e ampliar esse padrão para outros terminais do país. O Galeão, que passa por um processo de remodelação de infraestrutura, evoluiu também no atendimento e no serviço, que são essenciais", explicou.

Para Pires, o teste foi bastante positivo. "Buscamos testar todo o procedimento de desembarque, desde a saída dos atletas da aeronave até o embarque no modal rodoviário e a saída do aeroporto. É um procedimento integrado com vários órgãos e entidades e o objetivo é que tenhamos o atendimento mais célere possível, com dignidade, rapidez e também satisfação, para que eles sejam recebidos no país de forma alegre, funcional e rápida", disse.

O CTOE reúne integrantes da SAC-PR, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos e da Casa Civil. A operação no Galeão teve o apoio de representantes do operador do aeroporto, o Riogaleão, e do Comitê Rio 2016 durante os procedimentos.

Fonte: Brasil 2016